Kadafi diz que resistirá à ‘cruzada’ da Otan contra a Líbia

O ditador Muamar Kadafi reiterou sua determinação de não ceder à pressão de rebeldes e da comunidade internacional para que ele deixe a Líbia. Em uma nova mensagem de áudio divulgada na madrugada desta quinta-feira pela TV estatal, o coronel insistiu que resistirá "à cruzada da Otan" contra o país muçulmano e garantiu que as forças da aliança serão vencidas e terão que "dar marcha à ré".

Na mensagem, além de reiterar que não teme a morte, ressaltou que a "batalha contra a cruzada do Ocidente continuará até o fim do mundo". Kadafi ainda denunciou que os ataques das forças internacionais lançados em 20 de junho na localidade de Surman, que fica 70 quilômetros ao oeste de Trípoli, atingiram a casa de Hemidi Jouildi, seu antigo companheiro de armas. Segundo acusação do governo líbio, nesta ação morreram 19 civis, entre eles membros da família Jouildi.

O comando da Otan reconheceu ter lançado uma operação em Surman, mas afirmou ter sido direcionada contra um centro de operações. Kadafi, por sua vez, garantiu que os bombardeios foram uma "tentativa de assassinato" e enumerou outros quatro ataques semelhantes contra os escritórios de seu companheiro, entre 10 de maio e 6 de junho.

Ataques – Segundo o coronel, após ter fracassado em sua tentativa de assassiná-lo, a aliança "o buscou em sua casa", junto com sua mulher e seus filhos. "Matam civis e afirmam atacar alvos militares. Até o próprio diabo se envergonharia de mentir assim", criticou Kadafi.

Por fim, o ditador pediu à ONU o envio de uma comissão para investigar se a zona atacada era realmente um alvo militar, e ameaçou a Otan: "Um dia, a situação pode se inverter e então vossas casas e vossos filhos se tornarão alvos legítimos para nós".

(Com agência EFE)

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