Ban pede calma na Síria e destaca papel do Brasil

Catarina Alencastro e Eliane Oliveira

BRASÍLIA. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse ontem ter pedido ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, para parar de matar pessoas. Em visita a Brasília, Ban afirmou que os dois conversaram várias vezes sobre a crise e classificou a situação como "muito preocupante".

– Eu pedi ao presidente Assad que ouça as aspirações de seu povo e que proteja a vida das pessoas. Pedi fortemente que ele pare de matar pessoas e inicie um diálogo inclusivo e tome medidas fortes antes que seja tarde demais – disse o secretário após um almoço com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

A situação na Síria foi um dos principais temas do encontro. Mencionando o fato de o Conselho de Segurança estar dividido quanto ao país, Patriota defendeu a proposta brasileira de uma declaração presidencial – que, por definição, é um instrumento adotado por consenso.

– Não há voto (na declaração presidencial). É negociada antes entre os 15 membros (do Conselho de Segurança). Havendo acordo sobre o texto, é divulgada uma declaração. Seria uma forma de o Conselho se manifestar – afirmou o chanceler.

Segundo pessoas que participaram do encontro, Ban reconheceu a importância do Brasil como redutor de tensões. Ele também concordou que o Conselho de Segurança da ONU está dividido e disse também que o Brasil não é mais um ator regional, e sim global, sobretudo na cooperação Sul-Sul.

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