Combates na República Democrática do Congo deixam 130 mortos

Os combates em curso desde domingo em Mutaho, perto de Goma (leste da República Democrática do Congo), fizeram 130 mortes, incluindo 120 rebeldes e 10 soldados, declarou nesta segunda-feira o porta-voz do governo congolês.

"Nossas forças infligiram pesadas perdas aos rebeldes do M23: 120 foram mortos e 12 capturados", assegurou o porta-voz Laurent Mende, durante coletiva de imprensa em Kinshasa, acrescentando que 10 soldados do Exército da RDC morreram.

Estes confrontos começaram domingo à tarde em Mutaho, cerca de dez quilômetros ao norte de Goma, e prosseguem nesta segunda. Disparos de morteiros eram ouvidos dos arredores de Goma, segundo fontes locais.

Os confrontos envolveram, até o momento, apenas rebeldes do Movimento de 23 de Março (M23) e soldados do Exército congolês. As forças da ONU não interviram, segundo o porta-voz. "Os FARDC têm respondido com coragem e eficácia à agressão" dos rebeldes, disse Mende. Segundo ele, "as forças do regime recuperaram algumas posições do inimigo, que fugiu para Kilimanyoka, perto de Kibati".

O M23 é formado por ex-soldados congoleses que se amotinaram e encontraram, de acordo com a RDC e as Nações Unidas, apoio em homens e munições dos governos de Uganda e de Ruanda. Ambos os países negam qualquer assistência ao M23. "Durante várias semanas, os rebeldes e seus aliados ruandeses reforçaram suas posições nos arredores de Kibati, perto de Mutaho", assegurou Mende.

O movimento rebelde, que chegou a ocupar Goma durante dez dias em novembro de 2012, deixou a cidade sob pressão dos países da região em troca de negociações com o governo. As discussões estagnaram com o avanço do M23 e a integração de seus homens nas forças armadas (FARDC). O porta-voz do governo não quis especificar o número de soldados envolvidos nos combates. De acordo com fontes locais, três batalhões das FARDC – cerca de 2 mil homens – estariam lutando.

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