Coreia diz que não garantirá segurança de embaixadas em caso de conflito

A Coreia do Norte advertiu nesta sexta-feira ao Reino Unido que não poderá "garantir a segurança" das "embaixadas e organizações internacionais" a partir de 10 de abril caso um conflito comece na região.

A mensagem do governo norte-coreano foi recebida hoje na embaixada do Reino Unido em Pyongyang, segundo informou o Ministerio das Relações Exteriores britânico. O chanceler, no entanto, disse que por enquanto não tem planos de retirar a missão diplomata do país.

"Estamos dialogando com nossos aliados internacionais sobre o desenvolvimento desta situação. Ainda não se tomaram decisões sobre a questão e não há planos imediatos para retirar nossa embaixada", informou o ministério em comunicado.

A chancelaria britânica frisou que "nas últimas semanas o governo norte-coreano elevou a tensão na região da península de Coreia por meio de uma série de declarações públicas e outras provocações".

O ministério disse que "condena a Coreia do Norte por esse comportamento" e pediu para que Pyonyang "trabalhe construtivamente com a comunidade internacional".

Uma porta-voz do ministério afirmou para a agência local "PA" que a Coreia do Norte tem a obrigação, como integrante da Convenção de Genebra, de proteger missões diplomáticas e que as declarações do regime são mais um exemplo da retórica do país contra os Estados Unidos.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou ontem que o regime de Kim Jong-un é "altamente imprevisível e agressivo" e que desenvolveu mísseis balísticos que poderiam se transformar em uma ameaça para o Reino Unido.

Por esse motivo, o líder conservador ressaltou a necessidade de manter seu sistema "Trident" de submarinos nucleares na região perante a "contínua e crescente" ameaça da Coreia do Norte.

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