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Líbia – Para Chávez, ação na Líbia mostra “loucura imperial” dos EUA

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou nesta terça-feira que os Estados Unidos sofrem uma "loucura imperial" que, segundo ele, é demonstrada nos ataques a outros países como a Líbia. "Poucas vezes se viu ou se viveu um bombardeio a um país para, entre aspas, proteger os civis", quando "precisamente as bombas atingem todo mundo", disse Chávez à imprensa em sua chegada na madrugada desta terça-feira à cidade equatoriana de Salinas, onde se reunirá com o presidente Rafael Correa.

Chávez questionou a estratégia da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de bombardear de forma indiscriminada a Líbia e denunciou que os aliados enviaram helicópteros para "caçar" ou "matar" o líder líbio, Muammar Kadafi. "O que estamos vendo hoje é o cúmulo do cinismo", disse Chávez, que acrescentou que as sanções impostas por Washington à companhia petrolífera venezuelana PDVSA, por vender gasolina ao Irã, "são parte dessa loucura imperial".

Chávez agradeceu aos governos que manifestaram solidariedade com a Venezuela após as sanções dos EUA e ressaltou que as supostas tentativas desestabilizadoras de Washington contra a Síria e outros países do Oriente Médio não poderão ser aplicadas na América do Sul. "Não vão conseguir desestabilizar nem a Venezuela, nem o Equador, nem a Bolívia e muito menos o Brasil ou a Argentina", declarou o governante.

"Eles não podem com a força que nos dá a independência, a soberania e a liberdade", acrescentou. Chávez revelou que, na reunião com Correa, além de revisar o estado dos convênios entre Equador e Venezuela, os dois líderes se propuseram a fortalecer a integração binacional, assim como a latino-americana. Segundo ele, o objetivo da integração é criar uma "região de paz, de democracia e de desenvolvimento humano".

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