Líbia – Ministério da Defesa da França confirma ataque a avião militar líbio em Misrata

Um porta-voz do ministério da Defesa francês confirmou que um avião militar líbio que violou a zona de exclusão imposta pelas forças de coalizão foi derrubado, em Misrata, por um caça francês nesta quinta-feira (24).

A emissora americana "ABC" disse que o ditador líbio Muammar Gaddafi "desafiou pela primeira vez hoje a zona de exclusão aérea imposta pelos EUA e seus aliados, e enviou um avião de guerra a Misrata, onde foi derrubado rapidamente por aviões de combate franceses".

A coalizão militar ocidental liderada pelos Estados Unidos contra o líder líbio Muammar Gaddafi disparou 14 mísseis Tomahawk durante a noite, informaram as Forças Armadas norte-americanas.

Um porta-voz do Comando dos EUA na África disse que os países da coalizão também atiraram bombas em alvos na Líbia, onde Gaddafi permanece desafiando a campanha militar internacional que começou no fim de semana e vem se intensificando.

Para França, operação não vai durar meses
Nesta quinta feira, a França afirmou que acredita que a operação militar durará "dias ou semanas, mas não meses" e já se prepara para o contexto de uma Líbia sem a liderança de Muammar Gaddafi, na qual estarão presentes o Conselho Nacional de Transição (CNT) e outras "personalidades" políticas, segundo declarações do ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé.

Juppé declarou que o CNT "não tem o monopólio" da representação dos rebeldes em seu país, pois podem haver "outras personalidades" na Líbia, cuja opinião deve ser levada em conta.

"O que posso dizer é que já pensamos no fim da crise. A operação militar não tem vocação de uma duração indefinida. Temos que impedir que Gaddafi agrida a população civil" e temos também o objetivo "de colocar as forças líbias a favor da democracia. E quando isso estiver feito, a intervenção militar poderá terminar", disse o ministro.

"É preciso identificar que personalidades (políticas) estão disponíveis", acrescentou Juppé.
Em relação ao comando político da intervenção internacional, Juppé considerou que "está bastante claro". "É uma operação das Nações Unidas", ressaltou.

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