Coreia do Sul criará fundo para unificação com o Norte

A Coreia do Sul criará um fundo especial para financiar os custos que ajudaria uma hipotética unificação com a Coreia do Norte, informou nesta terça-feira o Ministério da Unificação em Seul.
 

O projeto de lei desta iniciativa contempla a divisão do chamado Fundo de Cooperação Intercoreana em duas contas, uma para promover a cooperação com a Coreia do Norte e outra para cobrir as despesas da unificação, informou o Ministério em comunicado.
 

O dinheiro seria arrecadado mediante contribuições do governo sul-coreano e doações privadas e permitiria financiar durante o primeiro ano o eventual processo de construção da futura Coreia unificada, segundo o documento. O ministério detalhou que o projeto de lei já foi aprovado pelo Conselho de Ministros e o fundo será criado assim que obtiver o sinal verde da Assembleia Nacional (Parlamento) nas próximas semanas.
 

Os custos iniciais da integração das duas Coreias poderiam oscilar entre 55 trilhões de wons (US$ 48,720 bilhões) e 249 trilhões de wons (US$ 220,570 bilhões), segundo estimativas do Instituto para a Unificação Nacional de Coreia, vinculado ao Governo do Sul.
 

O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, afirmou em várias ocasiões que a unificação "não está longe", enquanto a Coreia do Norte critica habitualmente estas alusões, já que considera que Seul pretende integrar por absorção o país comunista.
 

A constante crise econômica que a Coreia do Norte vive desde os anos 90 e a incompatibilidade entre seu sistema comunista e o capitalista do Sul levou muitos analistas a prever que a unificação passaria pelo colapso do regime de Kim Jong-un. A Guerra da Coreia (1950-53) confirmou a divisão da península coreana entre Norte e Sul, que permanecem separadas desde 1948.

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