Coreia do Norte pede “escudos humanos” para proteger novo líder

A Coreia do Norte pediu que seu povo se agregue em torno do novo líder Kim Jong-un e o proteja como "escudos humanos" em meio aos trabalhos para resolver o problema da escassez de alimentos, defendendo a política de seu falecido pai, Kim Jong-il.

Os três principais jornais do país afirmaram em um editorial, tradicionalmente publicado no dia do Ano-Novo, que Kim Jong-un tem legitimidade para levar adiante a batalha revolucionária iniciada pelo seu avô, Kim Il-sung, e desenvolvida pelo seu pai, que morreu há duas semanas.

"Kim Jong-un, o líder supremo de nosso Partido e de nosso povo, é a bandeira da vitória e glória da Coreia Songun (política militar do país) e o centro eterno de sua unidade", afirmou o editorial da agência de notícias KCNA.

Afirmando que o jovem e inexperiente Kim, no fim de seus 20 anos, é "precisamente" idêntico a seu pai, o editorial disse que "o Partido, o exército e todas as pessoas devem possuir a firme convicção de que se tornarão baluartes e escudos humanos até a morte na defesa de Kim Jong-un".

O editorial caracterizou o problema de alimentação da Coreia do Norte como "uma questão urgente" para que o Partido dos Trabalhadores construa "um país próspero".

Kim Jong-un comandante do exército

A Coreia do Norte disse neste sábado (local) que Kim Jong-un, o filho do falecido líder Kim Jong-il, assumiu o "comando supremo" do exército do país, com estimados 1,2 milhão de militares, conforme divulgou a mídia estatal neste sábado. A agência de notícias estatal KCNA afirmou que a nomeação foi feita em uma reunião do Birô Político do Comitê Central do governista Partido dos Trabalhadores nesta sexta-feira.

Kim Jong-un já havia sido declarado "líder supremo" do país durante as cerimônias em memória de seu pai na quinta-feira, quando a nação completou os 13 dias de luto pela morte de Kim Jong-il. "O respeitado Kim Jong-un assumirá o comando supremo do Exército Popular da Coreia em 8 de outubro," de acordo com a declaração da KCNA.

Desde a morte de Kim Jong-il neste mês, aos 69 anos, a mídia estatal norte-coreana tem apontado o jovem Kim, com menos de 30 anos de idade, como o "Comandante Supremo". Mas o anúncio significa que houve uma aprovação oficial de seu controle de uma das forças armadas mais poderosas do mundo.

Kim Jong-un não foi apenas nomeado um general quatro estrelas, mas também recebeu de seu pai no ano passado a vice-presidência da Comissão Militar Central do partido governista.

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