China diz que não quer o “caos” na península coreana

Depois de o regime norte-coreano alertar os estrangeiros vivendo na Coreia do Sul a tomar medidas de evacuação para o caso de uma guerra, a China afirmou nesta terça-feira que não quer o "caos" na península coreana, de acordo com informações da agência Reuters.

Segundo disse em um breve comunicado o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Hong Lei, Pequim se opõe a qualquer passo tomado pelos dois lados que possam piorar a situação na região.

A tensão na península norte-coreana se elevou há um mês quando as novas sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU como castigo pelo terceiro teste nuclear de Pyongyang levaram ao início das ameaças belicosas quase diárias por parte do regime de Kim Jong-un.?

Desde sua chegada ao poder em dezembro de 2011, o governo do líder norte-coreano, Kim Jong-un, vem intrigando o mundo com suas relações com a Coreia do Sul. A primeira impressão de que Kim, por sua juventude, poderia representar um reinício nas tensas relações entre os países acabou por não se confirmar. Ao contrário, nos últimos meses a Coreia do Norte vem tentando dar demonstrações de força e expor que está preparada para uma eventual guerra.

Em dezembro de 2012, o país lançou um foguete ao espaço, o que seus adversários consideraram ser um teste disfarçado de um míssil balístico capaz de atingir até os Estados Unidos. Em fevereiro de 2013, realizou o terceiro teste nuclear de sua história e adotou uma retórica belicista sem antecedentes. Para a perplexidade da imprensa internacional, a mídia estatal norte-coreana divulgou uma série de vídeos anunciado um iminente ataque aos Estados Unidos e o regime, passo a passo, foi anunciando a desconstrução do precário armistício que vigorava desde o fim da Guerra da Coreia em 1953.

No anúncio mais grave até este momento, o país declarou, em 30 de março, que se encontra em "estado de guerra" com a Coreia do Sul, no que seria uma reação aos exercícios militares conjuntos entre os Exércitos sul-coreanos e americanos. Veja a seguir o histórico da relação entre as duas Coreias e como a situação chegou a este estado de guerra iminente.

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