A comissão de Defesa do Congresso peruano aprovou um projeto de lei que outorga às Forças Armadas maior capacidade de ação na luta contra o narcotráfico em território peruano, informou em 10 de setembro a agência oficial Andina.
O projeto aprovado busca modificar a lei de Luta contra o Tráfico Ilícito de Drogas para permitir a intervenção militar no combate ao narcotráfico, um delito na maioria das vezes combatido pelas forças policiais.
Em uma das modificações se autoriza os militares, nas zonas declaradas de emergência, como a região do Vale dos Rios Apurímac, Ene e Mantaro (VRAEM), a interceptar pessoas e veículos terrestres que passem pelas regiões produtoras de coca.
O projeto de lei será debatido nos próximos dias em sessão plenária no Congresso.
O governo peruano reforçou nos últimos tempos a presença militar e policial na zona do VRAEM, onde o narcotráfico atua associado a remanescentes da guerrilha do Sendero Luminoso, segundo informações oficiais.
No dia 10 de setembro passado, o Ministério da Defesa peruano decidiu incrementar a segurança na região, em função de um atentado do Sendero Luminoso no final de semana.
Membros desse grupo incendiaram, no dia 6 de setembro, três helicópteros que prestavam serviço à empresa Transportadora de Gás do Peru (TGP), que realiza trabalhos na jazida de gás de Camisea, localizada na província de La Convención, em Cusco.