Indígenas ajudam Exército a defender fronteira do Brasil

Situado na fronteira do Brasil com a Colômbia, o Pelotão Especial de Fronteira de São Joaquim é a base militar mais remota da Amazônia brasileira. Suas trincheiras e casas vermelhas de madeira ficam separadas de uma aldeia de índios Kuripaco por uma cerca e uma pista de pouso de 1.200 metros, raramente usada pela Força Aérea.

Grande parte dos 100 militares que trabalham no pelotão é de origem indígena. Eles são o exemplo de uma tendência adotada pelo Exército Brasileiro: contratar índios para defender e patrulhar a floresta amazônica.

Os indígenas atualmente representam cerca de 70% dos 1.400 militares da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, que agrupa sete bases avançadas nas fronteiras com a Colômbia e a Venezuela, além de um complexo militar na maior cidade do extremo norte do Amazonas: São Gabriel da Cachoeira, de 38 mil habitantes.

Eles são recrutados entre os cerca de 30 mil índios de 14 etnias que habitam a região do alto rio Negro.

São Joaquim, uma dessas sete bases avançadas, está situada a 326 quilômetros de São Gabriel da Cachoeira e a 90 quilômetros do vilarejo colombiano de Mitú, ambos embrenhados na floresta equatorial.

Essas distâncias ficam ainda maiores quando se leva em conta que o deslocamento na região é feito majoritariamente pelos rios, pois não há estradas e não é possível andar longas distâncias pela selva fechada.

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