Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira Ordem do Dia

DIA DO AVIADOR E DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA
ORDEM DO DIA

 

 


Brasília, 22 de outubro de 2021.

Voar! Eis um ato que, desde os primórdios, sempre foi atribuído ao sobre-humano, ao divino! 

Na mitologia, era uma habilidade tão somente dos pássaros e de alguns deuses privilegiados. 

Já para os humanos, “meros mortais”, parecia algo impossível.

Entretanto, quis a história provar o contrário.  Para concretizar o tão sonhado domínio dos céus pela humanidade, duas personalidades brasileiras foram fundamentais. 

A primeira delas foi o ilustre Padre Bartolomeu de Gusmão, que logo no início do século XVIII, apresentou ao mundo o primeiro aparelho mais leve que a atmosfera, iniciando o sonho de voar pelos caminhos inovadores em plena era do conhecimento.

O tempo passou, e, dois séculos mais tarde, o gênio inventivo e audaz de Alberto Santos-Dumont realizou, em 23 de outubro de 1906, o voo do “mais pesado que o ar”, conseguindo fazer um avião decolar, voar e pousar com meios próprios pela primeira vez na história. 

Com isso, o voo do 14-BIS repercutiu pelo Velho Continente e se fez conhecer em todo o mundo.  A façanha de um brasileiro havia conquistado os céus de Paris, o que consagrou Alberto Santos-Dumont como o Pai da Aviação e Patrono de nossa Aeronáutica, eternizando o  dia 23 de outubro como o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira.  

Santos-Dumont, verdadeiro desbravador do ar, deu um dos primeiros passos de nossa empreitada. Outros tantos brasileiros trilharam, nos anos subsequentes aos seus feitos, o caminho que nos levaria ao que somos hoje: uma Força Aérea moderna e dissuasória.

Uma Força Aérea nascida nos combates, que, logo cedo, foi chamada a defender o Brasil. Inicialmente no Atlântico Sul, com aeronaves B-25 Mitchell da Aviação de Patrulha, e posteriormente nos distantes céus da Itália, com aeronaves P-47 Thunderbolt do 1º Grupo de Aviação de Caça, nossos pilotos foram para o seu batismo de fogo munidos da coragem, da honra e do amor à pátria – verdadeiros heróis que jamais serão esquecidos! 

Nobres Aviadoras e Aviadores brasileiros, civis e militares, das mais diversas aviações!

A Aeronáutica reverencia o espírito aventureiro e abnegado de nossos heróis a cada vez que  identifica, na  lida  diária  de  nossos tempos, outros tantos  homens e mulheres que  desenvolvem  as  suas atividades de forma profícua, em diferentes campos de trabalho, sejam eles na Aviação Comercial, na Aviação Executiva, na Aviação Militar, na Aviação de Segurança Pública ou nos tantos outros importantes ramos da atividade aérea que geram resultados e engrandecem o nosso país. 

Caros agraciados com a Comenda da Ordem do Mérito Aeronáutico!

Hoje, nas comemorações de nossa data magna, os senhores e as senhoras recebem a mais alta distinção da Aeronáutica, como meio natural de atestarmos e de tornarmos público o reconhecimento da Força Aérea Brasileira, com cada um de vocês, destacando mais uma vitória em suas jornadas pessoais e profissionais. 

Meus comandados!

Estamos iniciando uma nova e histórica fase da Aviação e da Força Aérea Brasileira.  Nossa reflexão do passado deverá servir para focarmos no futuro que iremos construir, com inteligência, firmeza de convicções e caráter inovador, como aquele que nosso desbravador do ar, Alberto Santos-Dumont, apresentou.

Neste momento, gostaria de reafirmar minha felicidade, como Comandante de nossa Força, por fazer parte desta comemoração e por poder contribuir, com o melhor dos meus esforços,  para garantir o sucesso de nosso Programa Estratégico de Sistemas Espaciais e da implantação do Sistema F-39 Gripen, além da consolidação do KC-390 Millennium,  projetos que constituem  a  espinha dorsal da FAB, no ambiente aeroespacial, pelas próximas décadas. 

Para isso, mais do que reformas nas estruturas físicas, a chegada desses vetores demanda aperfeiçoamento doutrinário, desenvolvimento de novos conceitos operacionais de emprego, além da tão importante qualificação e valorização das pessoas envolvidas: nossos  homens e mulheres  que  compõem as Asas que Protegem o País.

É por meio dessas asas que, além das missões subsidiárias e de cooperação ao desenvolvimento nacional, DEFENDEMOS O PAÍS. Isto representa nossa missão síntese: aquilo que somente nós poderemos fazer. 

Na defesa de nossa soberania, no ambiente aéreo, somos insubstituíveis; por isso, temos de ser capazes e buscar sempre a excelência. 

Nas palavras do filósofo grego Aristóteles: “Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito”!

Com a bússola escravizada nesta proa, não devemos perder o rumo na busca pela excelência no cumprimento de nossa missão institucional, apostando sempre em nosso efetivo, nos meios materiais previstos e no treinamento operacional que, repetidamente, fazemos e somos capazes de manter.

Assim, orgulhosos de nossas origens e de nossa história, percebemos que o futuro que se  enxerga à nossa frente traz consigo grandes desafios, mas também a  certeza de que nós trabalharemos,  diuturnamente, para deixar nossa Nação repousar em seu Berço Esplêndido. 

Portanto, hoje, 115 anos depois do célebre voo de 250 metros no Campo de Bagatelle, devemos enaltecer o real sentido que aquela façanha de Alberto Santos-Dumont demonstrou ao mundo, e lembrar que o limite só existe na mente de cada um.

Por fim, celebramos a memória e o desejo de inovação do Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, sedimentando o juramento de defender a pátria, por amor a este torrão e por sabermos que a soberania e a manutenção da liberdade começam com o Domínio dos Céus. 

Parabéns, filhos altivos dos ares!

Parabéns à Força Aérea Brasileira! Asas que protegem o País!

Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida BAPTISTA JUNIOR

Comandante da Aeronáutica     

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