Com recursos do Fundo Clima, empresa vai trabalhar na fase de integração do motor elétrico e testes do protótipo de certificação do eVTOL, conhecido como carro voador
Agência BNDES de Notíciass
09 Dezembro 2025
Com recursos do Fundo Clima, empresa vai trabalhar na fase de integração do motor elétrico e testes do protótipo de certificação do eVTOL, conhecido como carro voador
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 200 milhões para apoiar a Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer dedicada ao desenvolvimento de soluções para o mercado de Mobilidade Aérea Urbana (UAM), na fase de integração e funcionamento dos motores elétricos da primeira aeronave de certificação da empresa.
Com recursos do Fundo Clima (R$ 160 milhões) e da linha Finem (R$ 40 milhões), a Eve deverá também preparar o veículo para a campanha de testes para obtenção do certificado de tipo perante a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O apoio foi anunciado nesta terça-feira, 9, em São Paulo. A Eve comemorou, com o tradicional toque de campainha na [B]³, a listagem na bolsa do Brasil, que ocorreu em agosto desse ano. A listagem da Eve no país, que já estava na bolsa de valores de Nova York (NYSE) desde 2022, faz parte da estratégia de diversificação da base acionária da empresa, ampliando o acesso a investidores de diferentes mercados e fortalecendo a estrutura de capital necessária para o programa.
“Quando olhamos o filme do eVTOL voando sobre São Paulo, é impossível como brasileiro não parar e pensar: nós no Brasil estamos construindo uma coisa revolucionária. O país consegue competir de igual para igual em alta tecnologia nesse campo. A Embraer é um orgulho, é mais que uma empresa de aviação, é o símbolo de um Brasil que dá certo. E o BNDES tem orgulho de participar da Embraer, é o segundo maior acionista”, disse durante a cerimônia na B3 o diretor Financeiro e de Mercado de Capitais do BNDES, Alexandre Abreu, que comemorou ainda o retorno do BNDES ao mercado de capitais, após dez anos sem esse tipo de investimento.

O eVTOL da Eve terá capacidade para quatro passageiros, além do piloto, alcance de 100 km e espaço para duas malas ou quatro bagagens de mão. Contará com oito motores elétricos elevadores (lifters) nas asas, aumentando seu nível de segurança e controlabilidade para o voo na vertical, e um motor na parte traseira para a navegação horizontal.
“A fabricação do eVTOL é uma inovação disruptiva no conceito de mobilidade urbana, com um veículo que vai conectar os principais pontos das grandes cidades e regiões metropolitanas, com menor emissão de gases de efeito estufa que helicópteros e carros convencionais. O BNDES tem todo o interesse em apoiar um projeto que já tem 2,8 mil pedidos de encomenda de clientes em nove países. Queremos que o primeiro voo aconteça em 2026, 120 anos após o voo do 14-Bis, um feito histórico de Santos Dumont e legado para o mundo”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
“Esse financiamento acelera uma etapa crítica do nosso programa: a integração do sistema de propulsão elétrica, que garantirá desempenho, segurança e confiabilidade à nossa primeira aeronave certificável. Agradecemos ao BNDES pela confiança e pelo apoio contínuo à nossa visão de transformar a mobilidade urbana com soluções eficientes e sustentáveis, desenvolvidas e industrializadas no Brasil”, diz o CFO da Eve, Eduardo Couto.

Apoio – Desde 2022, o BNDES já aprovou R$ 1,2 bilhão em crédito para apoiar a Eve em diferentes fases do desenvolvimento do eVTOL, incluindo a construção da fábrica em Taubaté (SP). Em agosto deste ano, o Banco anunciou R$ 405,3 milhões em investimento direto na Eve, na estratégia de retomada da atuação da BNDESPAR em renda variável.
Fundo Clima – Criado em 2009, o Fundo Clima está vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e é administrado pelo BNDES, que atua como gestor na aplicação dos recursos reembolsáveis. Ele é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima e se constitui em um fundo de natureza contábil com a finalidade apoiar projetos ou estudos e financiar empreendimentos, aquisições de máquinas e equipamentos e inovações tecnológicas que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas.






















