Koblenz inicia maior evacuação de uma cidade alemã no pós-Guerra

Está em andamento na Alemanha a maior operação de evacuação de uma cidade por causa de uma bomba desde o final da Segunda Guerra Mundial. Até este domingo (04/12), 45 mil dos 106 mil habitantes de Koblenz, no oeste do país, terão que deixar residências, hospitais e empresas para a neutralização de duas bombas descobertas no rio Reno.

Trata-se de uma bomba aérea britânica de 1,8 tonelada e de outra, norte-americana, de 125 quilos. Além disso, será explodido um tonel com gás usado para fazer neblina para efeitos de camuflagem.

Os primeiros a serem removidos foram os pacientes das unidades de tratamento intensivo nos hospitais, nesta quarta-feira, seguindo-se no sábado os pacientes de outras unidades. Também os detentos de uma prisão terão de ser temporariamente transferidos para outro local.

Mais de 2.000 pessoas estão envolvidas na operação, incluindo 600 bombeiros, 600 motoristas de ambulâncias, 400 enfermeiros e 330 policiais.

A cidade vai parar

No domingo, então, praticamente a metade da população de Koblenz terá de deixar suas residências desde cedo até pelo menos as 20h. Por questões de segurança, a operação envolve ainda a suspensão temporária da circulação de transportes coletivos. As pontes e estradas serão bloqueadas e o transporte fluvial, interrompido.

A desativação das bombas vai começar por volta das 14h. Caso algo dê errado, "irão voar estilhaços num raio de 800 metros e todos os vidros de janelas a até 1.400 metros vão quebrar", avisa Norbert Gras, porta-voz dos bombeiros da cidade.

A desativação de bombas não detonadas na Segunda Guerra não é fato inédito na Alemanha. Elas costumam ser encontradas durante trabalhos de construção civil. No caso de Koblenz, foi o baixo nível do rio Reno que as tornou visíveis.

Em outubro, por exemplo, foi neutralizada uma bomba em Halle, no leste do país, após a remoção de 20 mil pessoas de suas casas. Todos os prédios num raio de 800 metros da bomba de 250 quilos tiveram de ser evacuados.

RW/lusa/epd/dpa
Revisão: Alexandre Schossler

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