Curso de Intendência da AMAN coordena mais uma Operação Beirute

Os cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) participaram de mais uma edição da chamada Operação Beirute, um exercício inopinado que vem sendo coordenado pelo  curso de Intendência, desde 2018.

A operação, realizada durante todo o dia 14 de junho, é contextualizada numa missão de transporte ocorrida no ano de 2016, na cidade de Beirute, capital do Líbano, por uma Companhia de Transporte de um Batalhão Logístico do Exército Espanhol, em Missão de Paz da Organização das Nações Unidas (UNIFIL). A base da UNIFIL esteve representada pelo Parque do curso de Intendência e o Porto de Beirute pela região das Indústrias Nucleares Brasileiras, em Itatiaia-RJ.

 

 “O objetivo foi replicar, em ambiente escolar, as missões desempenhadas pelos  chamados Peacekeepers,  e, desta  forma, explorar suas habilidades lingüísticas (escrita e falada) nos idiomas inglês e espanhol”, afirma o coordenador da Operação Beirute, Capitão Bruno Castro.

Por falar nisso, a integração entre o Corpo de Cadetes (CC) e a Divisão de Ensino (DE), por meio da Cadeira de Idiomas, proporcionou observar, na prática, como os futuros oficias estão engajados em aprender uma nova língua. Durante a abertura da Beirute, uma cadete fez uma apresentação em espanhol. Já no embarque da Brigada Espanhola para o cenário de conflito, em que a simulação do combate moderno previa a realização de vários Problemas Militares Simulados, como o “desembaraço alfandegário”, para que pudessem abastecer à tropa amiga, além do contato direto com a imprensa, a fim de explicar aos veículos de mídia a operação, a escolta de comboio entre outros.

De um lado, cadetes simularam ser os controladores da barreira da alfândega, de outro os que tentavam passar pela fiscalização. O mesmo aconteceu entre cadetes que se passaram por repórteres da mídia local e outros que foram assessores de imprensa e porta-voz da Brigada Espanhola.

Ao serem abordados nos dois momentos, tiveram de responder “em inglês” sobre os motivos do conflito, o impacto da ação na comunidade local, além de mortes e a segurança da população. “Percebi o preparo e o empenho de nossos cadetes no idioma e no equilíbrio para lidar com um momento de estresse inopinado. Muito gratificante presenciar, na prática, que o nosso trabalho está conquistando êxito”, afirma a Tenente da Cadeira de Inglês da DE Suelen.

“Em um contexto de uma operação de paz da ONU, o idioma é um requisito fundamental para que o futuro líder de fração saiba se expressar de maneira adequada e fluente as suas ordens, bem como compreender a intenção de seus comandantes”, afirma Cap Bruno.

Os cadetes tiveram o recebimento da missão e iniciaram planejamento detalhado, com a posterior emissão de ordens às frações. Em seguida, foram desempenhadas missões de desdobramento de Posto de Segurança Estático, escolta de comboio, balizamento de vias, reconhecimento especializado, desobstrução de vias, desarmadilhamento dos containers, desembaraço alfandegário, briefing de imprensa, entrevista para a imprensa internacional, manipulação e transporte de dois containers com suprimentos, montagem do Centro de Operações, utilização do sistema de Comando e Controle, montagem do Posto de Comando Tático, manutenção em panes nas viaturas e  manobra de força para destombamento de viaturas. 

 

A Beirute envolveu um efetivo participante de cerca de 300 cadetes. Além disso, foram empregadas 40 viaturas.

Exemplos assim mostram que o exercício, realizado pelo  Corpo de Cadetes, promoveu mais intensamente a interação entre todas as Armas, Quadro e Serviço. “A operação foi uma excelente oportunidade para os cadetes desenvolverem o espírito de corpo e as potencialidades de cada Arma, Quadro ou Serviço. Além disso, o exercício trouxe ao cadete uma oportunidade ímpar de compreender a complexidade e a grandiosidade do trabalho executado em uma missão de paz”, destacou o Coordenador da Operação Beirute.

Atualmente, a AMAN conta com cadetes de ambos os segmentos em todos os anos e, cada vez mais, percebe-se a adaptabilidade e a camaradagem desenvolvidas entre todos eles. “Esse exercício no terreno reforça em nós o apoio mútuo para o cumprimento da missão”, afirma o Cadete Lima.

A Academia também agradece ao apoio do Batalhão de Comando e Serviços da AMAN, por meio da Companhia Polícia do Exército.

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