Operação Henrique Lage fortalece aspectos de liderança, responsabilidade e dedicação

A 20ª semana de instrução dos cadetes do Curso Básico da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) foi marcada por operacionalidade e superação. Entre os dias 25 e 28 de junho de 2018, foi realizado o 2º Estágio Prático Supervisionado, denominado Operação Henrique Lage.

Os cadetes do 1º ano puderam aplicar no terreno os conhecimentos adquiridos durante as instruções de Técnicas Militares, além de evidenciar diversos conteúdos atitudinais, tais como rusticidade, coragem, adaptabilidade e camaradagem. Sempre acompanhados dos instrutores e monitores do Curso Básico, além de cadetes do 4º ano, que apoiaram as instruções, os estagiários foram a todo momento avaliados nas diversas competências desenvolvidas ao longo da semana. Esperava-se que os cadetes demonstrassem o fortalecimento de aspectos referentes à liderança, responsabilidade e dedicação.

Na região da Fazenda Boa Esperança, foram executadas as instruções de Tiro de Metralhadora .50, Maneabilidade de Grupo de Combate e Orientação por GPS. Os cadetes também tiveram o primeiro contato com as Táticas de Patrulha, nas quais planejaram e executaram missões durante uma jornada inteira de instrução. Na área da Pista de Combate em Localidade, realizaram a Progressão em Ambiente Urbano e, ao fim do dia, fizeram uma Infiltração Noturna até a Fazenda Boa Esperança. Os estagiários, então, executaram, pela primeira vez, a tradicional Pista Rondon, uma das instruções mais simbólicas para o cadete do Curso Básico.

O exercício foi realizado por 417 cadetes, sendo 22 do segmento feminino. Durante o exercício, homens e mulheres desenvolveram diversas competências, demonstrando conhecimentos, habilidades e atitudes inerentes ao cadete das Agulhas Negras.

 

 

Henrique Lage  – O Cadete nº 1

Patrono do Curso Básico, Henrique Lage foi um importante empresário e industrial brasileiro, que viveu durante a primeira metade do Século XX. Nascido em 14 de março de 1881, no Rio de Janeiro, foi amigo do Marechal José Pessoa Cavalcante de Albuquerque, o idealizador da AMAN.

Sua relação com os Cadetes remonta a tradição familiar. Seu pai, Antônio Martins Lage Filho, instituiu que sua companhia de navegação fornecesse os bilhetes de ida e volta aos cadetes em seus navios, para qualquer ponto do País onde sua frota aportasse. Henrique Lage intensificou e ampliou essa atividade, passando a ter um relacionamento mais intenso com a Escola Militar do Realengo.

Foi sua a doação de todo o mármore utilizado no revestimento do Conjunto Principal, da fundição dos portões da AMAN e de toda a prataria para o refeitório dos cadetes.

Ele faleceu em 1942, não chegando a ver pronta a construção da Academia que ajudara a erguer. Pelo Boletim Escolar nº 59, de 13 de março de 1943, o Coronel Mário Travassos decidiu conceder a Henrique Lage o título de Cadete nº 1.

 

 

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