Somos apartidários, mas não somos apolíticos


Péricles da Cunha
Coronel R1


Saí feliz e orgulhoso da solenidade “Encontro com a Reserva”, comandada pelo general-de-Exército Antônio Hamilton Martins Mourão, comandante do CMS. Feliz por ter retornado ao histórico Regimento Osório (3º RCG) onde meu pai chegou aspirante, em 1939, e lá serviu em duas ocasiões e orgulhoso do nosso Exército por ter constatado que, por mais que queiram, nunca conseguirão nos repartir em Ativa e Reserva e que continuamos vibrando na mesma freqüência Na realidade o que ocorreu foi uma solenidade que reuniu Ativa e Reserva para comemorar a Revolução de 64.

Saí convicto de que existe perfeita sintonia entre os nossos chefes. O que o general Mourão passou foram recados do próprio Exército.

Destaco dois.

No primeiro, ao se dirigir à tropa formada disse que era necessário que os jovens soubessem o que, realmente, aconteceu cinqüenta anos atrás e, depois de lembrar os anos de regime militar e as razões que nos levaram a intervir, deixou bem claro que fizemos, não nos arrependemos e que voltaremos a fazer se for necessário.

E, no segundo momento, reservado aos oficiais, noticiou sobre as diretrizes do Exército e, entre elas, que vai se iniciar um projeto político da força, porque “somos apartidários, mas não somos apolíticos”.

A minha satisfação se deve ao fato de que venho lutando por isso nos últimos trinta anos, período em que nos voltamos para o passado e perdemos o protagonismo político.

Nota DefesaNet

Leia o texto do mesmo autor reeditado hoje:

Sonhos e frustrações de um tenente de 64 – Onde foi que erramos? Link


 

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter