MARIGHELA – Senado homenageia Ex-Terrorista

Nota DefesaNet,

Independente da linha política ou ideológica, homenagear o ex-terrorista e ideólogo da Luta ARMADA URBANA é uma afronta aos cidadão brasileiros e do mundo. Um Crime de Lesa Humanidade, e que rebaixa ainda mais o Parlamento Brasileiro.
Retirado de sua própria obra principal o Manual do Guerrilheiro Urbano (1969), temos três passagens para análise dos leitores:

“O guerrilheiro urbano não teme desmantelar ou destruir o presente sistema
econômico, político e social brasileiro, já que sua meta é ajudar ao guerrilheiro rural e colaborar para a criação de um sistema totalmente novo e uma estrutura revolucionária social e política, com as massas armadas no poder.”

“A respeito dos sistemas de comunicações e de transportes do inimigo, começando com o tráfego ferroviário, é necessário atacá-lo sistematicamente com as armas de sabotagem.”

“As táticas de rua têm revelado um novo tipo de guerrilheiro urbano, o guerrilheiro urbano que participa dos protestos em massa. Este é o tipo que designaremos como o guerrilheiro urbano manifestante, que se une à multidão e participa das marchas populares com fins específicos e definitivos.
Estes fins consistem em atirar pedras e projéteis de todo tipo, utilizando gasolina para começar incêndios, utilizando a polícia como alvo para suas armas de fogo, capturando as armas dos policiais, seqüestrando agentes do inimigo e provocadores, disparar cuidadosamente aos chefes de polícia que vem em carros especiais com placas falsas para não atrair a atenção.”

Carlos Marighella
Mini-Manual do Guerrilheiro Urbano – 1969

O país incapaz de ter um prêmio Nobel em literatura homenageia a quem tem sua obra como base para grupos guerrilheiros, dos mais diferentes matizes, em todo o mundo.

O Editor  

Texto da Agência Senado

O político e guerrilheiro Carlos Marighela, fundador da Ação Libertadora Nacional (ALN) e considerado “inimigo público número um” pelo regime militar, será homenageado pelo Senado em sessão especial marcada para as 11h da segunda-feira (8).

Nascido em Salvador, em 5 de dezembro de 1911, Marighela foi militante do Partido Comunista Brasileiro desde a década de 1930 e desde 1932 esteve várias vezes na prisão, sempre por defender as causas em que acreditava em momento político hostil a elas.

Em 1945 foi eleito deputado constituinte e atuou em defesa das aspirações operárias, denunciando as condições de vida do povo brasileiro. Com o mandato cassado pela repressão que o governo de Eurico Gaspar Dutra desencadeou contra os comunistas, Marighella foi obrigado a retornar à clandestinidade em 1948, condição em que permaneceria por mais de duas décadas, até seu assassinato, em 1969.

Em 1966 desligou-se do PCB, manifestando a disposição de lutar revolucionariamente junto às massas, em vez de ficar à espera das regras do jogo político convencional que, segundo entendia, imperava na liderança do partido. Quando já não havia outra solução, conforme suas próprias palavras, fundou a ALN para pegar em armas contra a ditadura.

Marighela morreu na noite de 4 de novembro de 1969, em uma emboscada na capital paulista feita por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) sob a chefia do delegado Sérgio Paranhos Fleury.

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