Governo já controla 126 companhias

A lista de empresas controladas pela União continua a aumentar. Entre 2005 e 2010, segundo registros do Ministério do Planejamento, a quantidade de estatais subiu de 117 para 122. Em menos de 20 meses do governo Dilma, esse número foi a 126.

Essa lista já contempla duas criações recentes, que ganharam corpo na semana passada. O projeto de lei que institui a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul) foi sancionado pela presidente.

Com sede em São Paulo e vinculada ao Ministério da Defesa, por meio do Comando da Marinha, a Amazul terá a atribuição de desenvolver tecnologias do Programa Nuclear Brasileiro. Também ficará responsável por elaborar projetos para a construção do primeiro submarino de propulsão nuclear. O quadro de pessoal da Amazul será composto inicialmente pelos atuais empregados da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron).

Outra criação de Dilma, a Etav, vai gerenciar a implantação do trem de alta velocidade Rio-São Paulo-Campinas. A empresa cuidará ainda do processo de transferência da tecnologia escolhida para o primeiro trem-bala a funcionar no Brasil. Os conselhos fiscal e de administração da Etav foram eleitos, na semana passada, durante sua primeira assembleia geral. A estatal será presidida por Bernardo Figueiredo, ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e terá cinco integrantes no conselho de administração – entre os quais o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Miguel Masella, o número dois do Ministério de Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Elias, e o secretário do PAC, Maurício Muniz.

Uma portaria publicada há duas semanas também abre caminho para o início do funcionamento da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Ela foi criada no apagar das luzes do governo Lula, em 31 de dezembro de 2010, para administrar os hospitais universitários do país.

A portaria fixou o limite de 1.928 empregados para o quadro de pessoal da EBSERH, como é chamada, liberando a contratação imediata de 170 funcionários para a administração central.

No governo Lula, saíram do papel estatais como a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no Rio, e o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), no Rio Grande do Sul. O Banco Popular do Brasil, uma de suas primeiras criações, não deu certo e foi formalmente incorporado pelo Banco do Brasil em maio de 2010.

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