Performance da Esquadrilha da Fumaça entusiasma público de 22 mil pessoas no desfile de 7 de setembro

Com duas passagens pela Esplanada dos Ministérios, a Esquadrilha da Fumaça foi o ponto alto do desfile de 7 de Setembro deste domingo, em Brasília (DF). As cerca de 22 mil pessoas presentes na celebração pela Independência do Brasil puderam conferir as manobras das novas aeronaves Super Tucano – recém-incorporadas à Força Aérea Brasileira (FAB). Pintados de verde, amarelo e azul, os aviões encerraram a formatura com a escrita “Pátria Amada Brasil” no céu azul da capital federal.

A comemoração teve início às 9h, quando já se podiam ouvir as sirenes dos batedores que escoltavam a presidenta da República, Dilma Rousseff. Três minutos depois, a dirigente aparecia para o público a bordo do tradicional carro Rolls Royce. Logo após, foi recebida pelo vice-presidente Michel Temer; pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz; e pelo ministro da Defesa, Celso Amorim.

Em seguida, a plateia entoou os hinos Nacional e da Independência. Foi nesse momento que o pequeno João Victor Martins Pereira (foto ao lado), de apenas 7 anos, chamou a atenção pela posição de respeito ao cântico. Morador do Núcleo Bandeirante (cidade do DF) estava em uma das arquibancadas acompanhado de familiares. Era a primeira vez que ele assistia à festa. “Estou achando bom”, disse.

Dentro de uma moderna viatura Guarani, do Exército, o comandante militar do Planalto, general Racine Bezerra Lima Filho, pediu autorização à presidenta para começar o desfile cívico-militar (foto abaixo). Depois, foi a vez da ginasta Flávia Saraiva, de 14 anos, entrar com o Fogo Simbólico da Pátria. A atleta foi medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, realizado na China, no mês passado.

Solenidade

Presença garantida todos os anos, o grupamento de ex-integrantes da Força Expedicionária Brasileira (FEB), os famosos pracinhas, arrancou aplausos do público. Além deles, desfilaram oficiais e praças que atuaram em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) – os boinas azuis.

Marinha, Exército e FAB abrilhantaram a solenidade com tropas a pé e modernos carros e aeronaves. As mulheres foram destaque e entusiasmaram os presentes ao desfilar pela Esplanada. Atualmente, as Forças Armadas contam com 22 mil militares do sexo feminino em suas fileiras.

Alunos da Escola Naval, Academia Militar das Agulhas Negras e Academia da Força Aérea também se apresentaram.

A Marinha trouxe as enormes viaturas Lagarta Anfíbio, usadas em operações de ocupação de território a partir de meio aquático, e um efetivo de Fuzileiros Navais. O Exército veio com tropas uniformizadas com as fardas de combatente de caatinga, montanha, selva, paraquedismo e defesa biológica, química, radiológica e nuclear (DBQRN).

A Força Aérea, além dos Super Tucanos, apresentou ao todo 47 aviões ao longo da celebração. O desfile aéreo contou com caças, cargueiros Hércules, Tucanos e aeronaves de patrulha e transporte. Homens, mulheres, meninos e meninas alçaram os olhos ao céu para admirar a robustez dos veículos aéreos.

Blindados

Na parte motorizada, estiveram presentes os blindados Urutu, Cascavel, Piranha, viaturas Marruá e o lançador de foguetes do sistema Astros 2020 (foto acima). Muito esperadas e aplaudidas foram as passagens da pirâmide humana do Batalhão de Polícia do Exército e o desfile hipomóvel, com militares a cavalo.

Morador de Jaboatão dos Guararapes (PE), o ex-militar Daniel Valdevino de Araújo (foto abaixo), de 68 anos, achou “ótimo” o evento e era um dos que assistia com empolgação à formatura. Desde maio na capital federal para resolver problemas pessoais, ele contou que serviu no Grupamento de Fuzileiros Navais em Recife (PE), quando exerceu a função de taifeiro (serviços gerais). Atualmente ele é aposentado pela Marinha Mercante.

Acompanharam as festividades deste domingo os comandantes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto; do Exército, general Enzo Martins Peri; e da FAB, brigadeiro Juniti Saito.

A Independência do Brasil foi declarada por Dom Pedro I em 7 de setembro de 1822 às margens do córrego Ipiranga, em São Paulo (SP).

 

 

 

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