Geopolítica e inserção internacional do Brasil são debatidos na Escola Superior de Defesa

A Escola Superior de Defesa (ESD), do Ministério da Defesa, em parceria com a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e com o Centro de Estudos Estratégicos do Exército (CEEEx), concluiu, nesta sexta-feira (1), uma nova capacitação de importância estratégica para a Defesa: o curso “Fundamentos de Geopolítica e Inserção Internacional do Brasil”.

A qualificação foi promovida, entre outros, com o objetivo de fomentar o debate acerca das perspectivas geopolíticas do Brasil e a sua atuação externa. A cerimônia de encerramento contou com a presença do Comandante da ESD, Vice-Almirante Paulo Renato Rohwer Santos; do 7º Subchefe do Estado-Maior do Exército, General de Brigada Fernando Bartholomeu Fernandes; e do Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), Ministro Almir Lima Nascimento.

Participaram da capacitação 28 alunos, civis e militares, provenientes do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério da Defesa (MD).

Temas que abordaram a geopolítica para o século XXI, focados na Amazônia, no Atlântico Sul e na Antártica, foram alguns dos destaques. O Embaixador Flávio Helmold Macieira, em palestra de encerramento, abordou o papel da política externa no contexto de uma grande estratégia brasileira.

De acordo com a presidente da FUNAG, Embaixadora Márcia Loureiro, o projeto é fruto da convergência de interesses entre as instituições. “A temática ‘geopolítica’, ligada diretamente à Diplomacia e à Defesa, está em plena sintonia com os tempos atuais. Vemos debates sobre o assunto na TV, na internet e nas redes sociais. É importante criarmos espaços de discussão a respeito do tema”, disse.

O Comandante da ESD, Vice-Almirante Rohwer, agradeceu a importante parceria entre as instituições presentes e ressaltou que cursos com a temática abordada tornam a ESD cada vez mais sólida. “A ESD é uma instituição nova, que completa, hoje, seus primeiros seis meses, mas carrega a experiência e a história da nossa 'escola-mãe', a Escola Superior de Guerra (ESG).

São parcerias como estas que tendem a acrescentar, não só à nossa instituição, como também aos nossos alunos”, destacou. O CursoA capacitação foi realizada com o objetivo de oportunizar o conhecimento sobre os fundamentos conceituais; a dinâmica; os instrumentos e as estratégicas geopolíticas possíveis para compreender as relações de poder e espaço, tanto em uma perspectiva “intrafronteiras” como “extrafronteiras”.

Ao longo dos cursos, os alunos poderão fomentar a análise de conceitos geopolíticos e a aplicabilidade de sua extensão na contemporaneidade.Pensar geopolítica significa considerar, nesse complexo sistema, três pilares fundamentais: espaço, poder e atores, além de suas respectivas releituras temporais. Com isso, os participantes poderão analisar o papel da geopolítica na formulação de um planejamento estratégico nacional.

O corpo de professores é composto por diplomatas, militares e professores civis de instituições como a Universidade de Brasília e a Universidade de São Paulo, além de especialistas da Organização Mundial do Comércio e do Comando de Defesa Cibernética.

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