Brasil reforça compromisso com a segurança química internacional

Brasília (DF)  – O Ministério da Defesa (MD) participou da 30ª Conferência dos Estados-Partes da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), realizada de 24 a 28 de novembro, no Centro de Convenções World Forum, em Haia, Países Baixos. O encontro reuniu especialistas militares, diplomatas e autoridades internacionais para debater temas relacionados ao uso de substâncias químicas em conflitos armados e atos terroristas, além da preparação dos países para responder a emergências químicas e garantir a conformidade da indústria química mundial com as diretrizes da Opaq.

No primeiro dia da Conferência, foi apresentado um discurso conduzido pelo representante permanente do Brasil junto à Opaq, Embaixador Fernando Simas Magalhães, que enfatizou a necessidade de “preservação da independência da Opaq, incluindo sua governança, e de comprometimento para as votações por consenso para o fortalecimento da convenção e sobre a proibição de armas químicas”, destacou.

O diplomata chamou a atenção para “uma ampla representação brasileira no Sul Global, exemplificando a atual contribuição à cooperação internacional por programas de treinamento em apoio à assistência e proteção da organização”. E ainda, “do trabalho realizado pelo Laboratório de Análises Químicas (LAQ) do Centro Tecnológico do Exército Brasileiro (Ctex), um dos poucos laboratórios do Sul Global a ser designado para a rede da Opaq para a análise de amostras ambientais, fora do local de coleta”, afirmou.

Segundo a Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), a participação brasileira na CSP assegura que o Brasil seja reconhecido como um parceiro responsável nas iniciativas globais de combate à proliferação de tecnologias sensíveis, ao mesmo tempo em que protegemos os avanços tecnológicos nacionais relacionados às áreas de defesa química.  

De acordo com o Coordenador-Geral de Operações de Defesa da Pátria da Chefia de Operações Conjuntas do MD, Comandante de Mar e Guerra Carlos Weizel de Fontoura Barreto Junior, os debates ganham especial relevância diante do avanço de tecnologias emergentes relacionadas ao emprego de substâncias químicas. 

“As discussões sobre o emprego de agentes químicos em conflitos internacionais ou internos precisam ser consideradas no planejamento militar, seja pelo uso direto, proibido pela Opaq, seja pela associação de agentes permitidos a outros sistemas de armas, a chamada zona cinzenta da convenção”, esclareceu.

Por Daniel Lima – Fotos: CMG Weizel

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