China tem como alvo infraestrutura eleitoral dos EUA com ataques cibernéticos, diz assessor de Segurança

Hackers ligados ao governo chinês têm como alvo a infraestrutura eleitoral nos Estados Unidos antes da eleição presidencial deste ano, disse o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Robert O’Brien, neste domingo.

Os comentários de O’Brien pareceram ir além de uma declaração divulgada na sexta-feira pelo Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional, que disse que a China “tem expandido seus esforços de influência” e que a Rússia já está tentando minar o candidato democrata Joe Biden. Mas não acusou especificamente Pequim de tentativas de invasão contra sistemas eleitorais dos EUA.

“Eles gostariam de ver o presidente perder”, disse O’Brien no programa “Face the Nation”, da CBS. “A China —como a Rússia, como o Irã— eles se envolveram em ataques cibernéticos e phishing e esse tipo de coisa com relação à nossa infraestrutura eleitoral, com relação a sites e esse tipo de coisa.”

A China nega sistematicamente as alegações do governo dos EUA de que é responsável por hackear empresas, políticos ou agências governamentais dos EUA.

“A eleição presidencial dos EUA é um assunto interno, não temos interesse em interferir nela”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, em abril.

O’Brien afirmou que os EUA têm visto hackers tentarem se infiltrar em sites pertencentes a escritórios da Secretaria de Estado em todo o país, que são responsáveis por administrar as eleições em nível local, e coletar dados sobre norte-americanos.

“É uma preocupação real e não é apenas a Rússia”, disse ele. “Haverá consequências graves para qualquer país que tentar interferir em nossas eleições livres e justas.”

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