FAB reforça defesa cibernética durante a Rio 2016

O Centro de Tratamento de Incidentes de Rede (CTIR) da Força Aérea Brasileira trabalha em regime de plantão, 24 horas por dia, até 22 de setembro, logo após o término das Paralimpíadas. As atividades de monitoramento envolvem 15 militares entre engenheiros da computação, analistas e técnicos.

As atividades do grupo começaram em 11 de julho. Por dia, o centro tem identificado uma média de 40 incidentes. Segundo o Chefe da Divisão Técnica do Centro de Computação da Aeronáutica de Brasília (CCA-BR), Major Gustavo Vieira, incidente cibernético é todo evento que afeta a segurança da informação que trafega em meios digitais. São exemplos de incidentes a divulgação de informações sensíveis, o acesso a informações sigilosas, a interrupção dos serviços de TI, entre outros.

De acordo com o chefe do CTIR, tenente Julio Cesar de Oliveira, o número de incidentes aumentou 20% durante a Rio 2016, mas isso se deve a vários fatores, como os novos sensores e as novas regras de detecção que foram ativadas recentemente.

No caso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, a maior parte dos incidentes foram varreduras de redes, quando o objetivo é identificar alvos para ataques e tentativas de exploração de vulnerabilidades em sites, quando, efetivamente, houve a pretensão de ataques a alvos específicos. “Essas duas categorias de ação nem sempre representam por si só danos aos alvos, mas são ações maliciosas que precedem atividades mais críticas”, explica o Major Gustavo.

O engenheiro explica que o número de 40 incidentes diários não é alto, considerando a quantidade de categorias detectadas e o aumento durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos está compatível com o padrão esperado para o espaço cibernético brasileiro.

O regime de plantão adotado serviu para dar mais agilidade às ações de combate aos incidentes: “Essas ações vão desde o bloqueio da origem do ataque, até melhorias nos protocolos de segurança dos nossos sistemas, para dificultar o sucesso da tentativa, de acordo com o que é praticado nos CTIR de todo o mundo”, afirma o Major.

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