Exclusivo – Mensagem do Juiz Sergio Moro Decifrada por DefesaNet


Equipe DefesaNet

 
O Juiz Federal Sergio Moro, ao decretar a prisão preventiva do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma), em 30SET 2016, mandou um recado cifrado à Sociedade Brasileira.

 

Embora a prisão cautelar seja um remédio amargo, é melhor do que a contaminação da democracia pela corrupção sistêmica. Em um determinado nível, a corrupção coloca em risco a própria qualidade de democracia, com afetação das eleições livres e do regular funcionamento das instituições. Trata-se de um retrato de uma democracia vendida. É nesse contexto que deve ser compreendido o emprego, na forma da lei e ainda pontual, das prisões preventivas na assim denominada Operação Lavajato.”

Parágrafo 184 do Despacho do Juiz Federal Sergio Moro decretando a prisão preventiva do ex-ministro Antonio Palocci
Íntegra do Despacho Link   


Comentaristas e analistas políticos mostraram estranheza com os termos empregados porém a maioria o desconsiderou (ver Reinaldo Azevedo “Palocci, prisão temporária, prisão preventiva e ameaça à democracia… Link”)
 
Que recado cifrado é este que o Juiz Sergio Moro enviou à Sociedade Brasileira e por qual razão empregou 5 vezes a palavra “Democracia” em seu despacho?

DefesaNet traz com exclusividade o recado do Juiz Sergio Moro decifrado.
 
Estava tudo preparado para haver um levante civil caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, réu em dois processos, fosse preso pelo juiz federal Sérgio Moro. A justiça federal foi alertada sobre a possibilidade e os desdobramentos pelos serviços de inteligência militar do governo militar que tem atuado com agências civis e militares de estratégia dos Estados brasileiros. O principal alvo seria as eleições municipais, com a tomada das ruas, atentados e boicotes para causar a suspensão do pleito em nível nacional.

As informações começaram a chegar até os serviços de inteligência nos primeiros indicativos que Lula seria alvo da Lava Jato e da aproximação da promotoria federal as contas bancárias, bens não declarados e a descoberta de grandes esquemas de corrupção envolvendo o alto escalão do Partido dos Trabalhadores (PT) e integrantes do antigo governo de Lula e de Dilma Rousseff.

“As informações começavam a encontrar ressonância em depoimentos feitos sob delação premiada, com o Nestor Cerveró (ex-diretor da Petrobras envolvido no petróleo). Quando houve a investigação do sítio e do tríplex a situação se complicou de vez, começaram as ameaças de invasão de prédios públicos, destruição massiva de fóruns de justiça, ataques as polícias e áreas dos comandos militares. Estavam buscando uma reação para amplificar mundialmente a ideia de golpe civil apoiado pelos militares. Foi quando nós começamos a ficar prevenidos que algo maior poderia eclodir a qualquer momento”, comentou um dos agentes ao DefesaNet.

Conforme o ministério público federal de Curitiba avançava nas investigações, com ajuda da Polícia Federal, sobre a alta direção do PT ficava evidente o envolvimento do presidente de honra do partido nos esquemas de corrupção, desvio de dinheiro público, favorecimento ilegal de empresas e aquisição de bens incompatíveis com sua renda. O Instituto Lula foi a ponta do iceberg nas investigações e também quando as mobilizações a favor do ex-presidente tomaram corpo rapidamente.

Recentemente, o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes surgiu em um vídeo nas redes sociais no qual dizia que “sequestraria o Lula no caso de uma prisão arbitrária” e mostrava que haveria um movimento coordenado de resistência. Os promotores de Curitiba passaram a receber ameaças de morte e a militância petista passou convocar manifestantes para tomar as ruas, principalmente estudantes secundários e universitários, e criar uma onda de protesto e de violência urbana.

As informações também davam conta que o MST iniciaria uma série de invasões de fazendas sem precedentes no país, se utilizando estrangeiros recém-chegados, tanto do Haiti, como de Angola, Nigéria e do Oriente Médio, além dos países vizinhos, na chamada “grande redistribuição produtiva do Brasil”. As propriedades listadas eram, prioritariamente, as de deputados e senadores que votaram pelo impeachment de Dilma.

“Nas manifestações de rua chegamos aos articuladores deste novo movimento, que desenvolve planos para armar a militância e iniciar uma guerrilha em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre e em algumas capitais do nordeste (ver Neo Terrorismo Urbano – Inteligência militar e policial se mobiliza Link).

O crime organizado está envolvido neste processo fornecendo um suporte logístico impressionante, supúnhamos que alguns sindicatos e centrais sindicais pudessem ter um ou outro membro do crime organizado, mas não da maneira de encontramos”, admitiu o agente.

O Juiz Sergio Moro foi informado que caso prendesse Lula, a esposa e o filho do casal, antes das eleições municipais, colocaria estas sob altíssimo risco. Havia um plano estruturado de atividades para: boicotar urnas, invasão de locais de votação, atentados contra candidatos considerados “de direita e golpistas”, motins em presídios, ataques ao policiamento, ondas de saques no comércio e grandes enfrentamentos, inclusive com atentados aos batalhões das Polícias Militares e delegacias.

Os ataques para desastabilizar o ministro da Justiça Alexandre de Moraes, conduzidos pela midia, estão dentro do plano de ação. Assim como a tentativa de agir na percepção de abusos, como nos caso da prisão do ex-ministro Guido Mantega. 

Mesmo assim o Ministro Gilmar Mendes, presidindo o TSE, afirmou na manhã de sábado, véspera da eleição, em visita ao Maranhão: Gilmar Mendes diz que eleitores podem ir às urnas 'sem medo' Link


De acordo com a fonte, a intenção era configurar para a mídia e autoridades internacionais um estado de exceção e denunciar que o golpe entrara em sua fase de infringir os direitos civis. Isso levaria não só a sanções da ONU como a possibilidade de uma intervenção internacional, ferindo a soberania nacional, por parte da Venezuela, Bolívia, Cuba e Equador. Desse a grupo a Bolívia reconsiderou sua posição e passou a uma ação mais discreta, devido a negociação dos contratos de importação de gás pela Petrobrás.

“Quando vimos Lula dar depoimentos públicos se comparando a Jesus Cristo e um avanço do PT sobre autoridades internacionais pedindo asilo político, como se ele fosse um perseguido por questões de ordem ideológica e não um criminoso do colarinho branco nós pedimos a justiça federal reconsiderar a posição para não atrapalhar o curso das investigações e mesmo forçar os comandos militares a uma intervenção mais severa para assegurar a soberania do Brasil”, observou.

O ataque ocorrido aos monumentos em São Paulo, na sexta-feira (30SET2016), faz parte da estratégia do PT e de sua militância para advertir sobre o risco da continuidade das prisões e investigações. Caso a Lava Jato chegue às instâncias estadual e municipal, derrubando por completo o esquema de corrupção existente e ainda em curso, será inevitável a extinção do partido.

Em SP, o Monumento ?s Bandeiras amanheceu pintado com tinta colorida nesta sexta (30) (Foto: Felipe Rau/Estad?o Conte?do)

Monumento às Bandeiras, pichado na manhã de sexta-feira, 30SET2016.  Obra do escultor Victor Brecheret em homenagem aos bandeirantes paulistas. Ele foi instalado em 1954, junto ao Parque, em comemoração aos 400 anos de São Paulo.

“Quem está apenas vendo o noticiário, o que se consegue passar para a opinião pública por meio de parte da imprensa que não está corrompida e com militantes infiltrados, tem uma visão muito limitada do tamanho deste gigantesco esquema de corrupção. É algo que não envolve apenas políticos, mas membros do judiciário, grandes corporações inclusive financeiras e de empresas multinacionais também. O juiz Moro tem adotado cautela, apesar de forçarem a ideia que eles está indo contra as liberdades individuais. O quadro que temos pode levar a uma ruptura institucional no país, desmontar nossa federação”, alertou.

O procurador da república, Rodrigo Janot, disse recentemente que PT, PMDB e PP se organizaram para cometer crimes contra a administração pública. O esquema tinha uma estrutura horizontal cujos integrantes agiam como uma cooperativa. Além de outra vertical, na qual eram tomadas as decisões. “Cisão é necessária pois a organização é criminosa e complexa”, disse ao pedir o fatiamento da Lava-Jato.
 

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