EUA acenam com financiamento a rede 5G no Brasil, se Huawei ficar de fora


Humberto Saccomandi
Valor — São Paulo
08 MAIO 2020


O embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, disse hoje que os EUA podem ajudar a financiar a rede 5G no Brasil, caso o país opte por outros fornecedores de equipamentos que não a chinesa Huawei. O governo americano vem buscando dissuadir outros países de usar equipamento chinês na rede 5G, sob o argumento de que isso permitiria espionagem por parte da China.

Segundo o embaixador, mudanças recentes na DFC (Development Finance Corporation), a principal entidade dos EUA de apoio ao desenvolvimento, dobraram para US$ 60 bilhões o capital para financiar projetos no exterior e permitiram que o país apoie projetos mesmo que não haja participação direita de empresas americanas.

Com isso, disse Chapman, seria possível aos EUA financiar projetos com a Suécia ou a Finlândia, países-sede das duas principais concorrentes ocidentais da Huawei: a sueca Ericsson e a finlandesa Nokia. Até agora, apenas Austrália, Nova Zelândia, Japão e Taiwan, além dos EUA, decidiram proibir a participação dos chineses na construção da rede 5G, que deve revolucionar as comunicações no planeta.

Até aliados tradicionais dos EUA, como o Reino Unido, optaram por permitir uma participação limitada de empresas chinesas. O Brasil ainda não decidiu se permitirá ou não que os chineses forneçam equipamentos para a rede 5G nacional, mas autoridades brasileiras, como o vicepresidente Hamilton Mourão, já disseram que o país deve aceitar a Huawei como um dos fornecedores.

Nota DefesaNet

Em entrevista à Rede CNN Brasil, 06 MAIO 2020, o Embaixador Chapman deu a seguinte declaração.

EUA recomendam que Brasil evite usar tecnologia de 5G da China

Em entrevista exclusiva à CNN, o diplomata Todd Chapman, embaixador dos Estados Unidos em Brasília, afirmou que se estende ao país a recomendação americana para que nações aliadas evitem utilizar tecnologia da China na implementação do sistema 5G, a nova geração de rede de comunicação móvel.

“Nos Estados Unidos, consideramos que a maneira correta de usar essa tecnologia é a proteção da privacidade, proteção dos dados e da informação e que essa informação não é entregue diretamente ao Partido Comunista da China”, disse Chapman.

“Achamos que esse não é um bom caminho e recomendamos aos aliados, como é o caso do Brasil, para ter cuidado e falar com os nossos aliados sobre a nossa visão, que é a de continuar buscando essa tecnologia que é tão importante, mas buscando fornecedores que tenham os mesmos princípios que nós”, prosseguiu o embaixador, que citou as empresas de Finlândia e Suécia como alternativas ao país.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é defensor da tese de que o regime chinês tem buscado expandir a sua exportação de serviços de tecnologia com a intenção de criar uma rede de espionagem, apesar de não ter comprovado a acusação.

Questionado por que os EUA sonegam ao Brasil a mesma relação de proximidade em relação a tecnologias de defesa nacional, Chapman negou que isso ocorra. Para o embaixador americano, o acordo entre os dois países para o lançamento de foguetes na base de Alcântara (MA) seria o exemplo dessa aproximação também na seara militar.

O embaixador Todd Chapman afirmou que a atual relação de proximidade entre Trump e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fortalece o comércio entre os dois países. Ele afirmou que a relação direta entre os dois presidentes não esvazia o papel das autoridades diplomáticas, uma vez que expande o leque de assuntos que os países podem tratar.

“É a hora de aproveitar e maximizar a relação entre os dois países”, comentou, citando, além do comércio, as áreas de ciência, educação e segurança nacional como prioritárias para o atual momento da relação entre os dois países.


 

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