CHINA – Ministério da Defesa criticou Livro Branco do Japão

Redação DefesaNet

e Agências

 

O Ministério de Defesa chinês criticou, na quinta-feira (30AGO2018), o recém publicado Livro Branco elaborado pelo Governo Japonês, que considerou "cheio de insultos e calúnias", e inclusive pediu à comunidade internacional que vigie os movimentos do Exército japonês.(Nota DefesaNet – A resposta do porta-voz, e a versão do Livro Branco estão abaixo)

"O relatório está cheio de velha retórica, insultos e calúnias contra as Forças Armadas chinesas, é uma manipulação da história com justificações muito frágeis", afirmou na entrevista coletiva mensal do Ministério o coronel Wu Qian, porta-voz da instituição.

A fonte ressaltou que Pequim emitiu uma queixa formal pelo relatório, que a seu ver exagera na suposta "ameaça chinesa" com segunda intenções.

"Tudo o que o governo japonês faz é buscar desculpas para emendar sua constituição pacífica e voltar ao velho caminho do expansionismo", declarou Wu, que pediu à comunidade internacional que "esteja em alerta" pelos movimentos das Forças Armadas japonesas.

"Pedimos ao Japão que seja muito prudente com o que diz e faz no campo militar", concluiu o porta-voz, mostrando as diferenças que ainda existem entre os dois países vizinhos, herança das disputas que livraram nos séculos XIX e XX (a última delas entre 1937 e 1945, emoldurada dentro da II Guerra Mundial).

O Livro Branco de Defesa do Japão, publicado na terça-feira 28AGO2018,, alerta sobre a "escalada unilateral de atividades militares" da China e também da Rússia (ver gráficos), que, na opinião dos especialistas japoneses, representa uma "forte preocupação" para a segurança da região, junto a outros atores na região como a Coreia do Norte ou a Rússia.

As ameaças russas segundo o livro Branco de Defesa do Japão

 

As ameaças chinesas ao Japão segundo o Livro Branco de Defesa

Tóquio mantém uma disputa com Pequim pela soberania das ilhas Senkaku (Diaoyu em mandarim), que segundo defendeu hoje o porta-voz chinês são "território inerente da China, algo que apoiam evidências históricas e legítimas".

Por isso, afirmou o porta-voz, as frequentes incursões de navios e aviões militares chineses nas proximidades desse arquipélago, que o Japão condenou em diversas ocasiões, são "justas e legítimas atividades da China em suas águas territoriais" que, segundo advertiu, "seguirão ocorrendo de forma regular".

A própria China comunicou que na semana, 11 e 18 de Maio 2018, a Força Aérea do PLA realizou arrojadas manobras nos Mares do Sul da China.

Ver a matéria Relacionada:

China opera bombardeiros pela 1ª vez em ilhas disputadas no Mar Meridional Link

 

China Press Conference released by Chinamil

(released 30 August 2018)

Question: On the morning of August 28, the Japanese government released their Defense White Paper for FY 2018. It says that the opaque military expansion and the maritime activities of China are a potential threat to security and stability of regional as well as international community, including Japan. What is your comment?

 

Answer: The Defense White Paper for Fiscal Year 2018 released by the Japanese government is full of old rhetoric and slanders on China’s military. It is also full of wrong justifications for history and reality. We are firmly opposed to it and we will make solemn representations to the Japanese government.

 

It is a basic fact that the Diaoyu Island and its adjacent isles are an inherent part of China’s territory. It is supported by sufficient historic and legal evidence. China’s activities in the area are proper, legitimate and indisputable, and we’ll continue to carry out such activities.

 

As is known to all, China adheres to a defense police that is defensive nature and a military strategy of active defense. China has always carried out its responsibilities as a responsible big country. It has participated actively in peacekeeping and escort missions mandated by the UN. It has provided humanitarian aid to other countries and safe goods to the international community. Japan chose to turn a blind eye to the contributions that the Chinese military has made to world peace. Instead, it hyped up China military threat. We are firmly opposed to that.

 

In recent years, Japan made drastic adjustment to its military and security policy, attempting to find an excuse to revise its peace constitution and resume military expansion by hyping up peripheral security threat. The international community should remain highly vigilant against this. We urge the Japanese side to reflect on its historical mistakes and draw lessons from them. They should be careful about their remarks on the field of military security in order not to repeat the mistake in history.

 

Japan White Book 2018 English Version by Scribd

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter