Especialista brasileira em armas químicas lança livro

2016 é o ano dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, evento que trará uma enorme visibilidade ao Brasil e também importantes desafios. Embora o país não seja alvo tradicional de grupos extremistas internacionais, esta é uma das áreas de preocupação, que também envolve o possível uso de armas químicas, já que, recentemente, o chefe do desarmamento da ONU, Kim Won-soo, afirmou ao Conselho de Segurança que o fiscalizador de armas químicas da organização relatou a possibilidade de o gás letal sarin ter sido usado em um suposto ataque químico na Síria.

A OPCW (Organisation for the Prohibition of Chemical Weapons) confirmou recentemente que o Estado Islâmico utilizou gás mostarda contra a população curda no norte do Iraque.

A questão do terrorismo é preocupante, principalmente porque as forças policiais e autoridades de segurança pública brasileiras não estão habituadas a esse problema e organizações extremistas poderiam tentar promover ações, se aproveitando desta vulnerabilidade.

Em meio a este cenário de guerras e tensões internacionais, a especialista brasileira em armas químicas de guerra, Camilla Colasso, lança a primeira publicação brasileira sobre o tema, intitulada ‘Armas químicas: o mau uso da toxicologia’.

Publicado pela Intertox, empresa referência nacional no segmento de segurança química, gestão ambiental e tecnologia da informação, o objetivo do livro é tratar sobre o uso inadequado e criminoso do conhecimento toxicológico utilizado para a guerra, além de alertar para este grave problema, ainda bastante presente nos dias atuais.

Dividido em sete capítulos, o livro abrange desde o histórico do uso de armas químicas em guerras e ataques terroristas até os diferentes tipos de agentes químicos, suas características e o efeito que causam no corpo humano. O livro ainda trata sobre as políticas e esforços internacionais para a proibição destas substâncias e os experimentos já realizados em seres humanos.

“O uso consciente de produtos tóxicos contra seres humanos realizados por grupos desprovidos de responsabilidade e senso humanitário é condenável, seja sob o aspecto filosófico, religioso, político, humano, moral ou ético.

A toxicologia é uma ciência para a predição da toxicidade de produtos químicos para fins de gerenciamento do risco toxicológico e não dever ser confundida como uma alternativa que cause dor e sofrimento”, afirma a autora. “Por sua periculosidade, pelos efeitos generalizados sobre o meio ambiente e pela facilidade de fabricação, a melhor maneira de combater esta prática é dar a devida atenção ao assunto, lidando com ele como uma ameaça a todo o mundo”, completa.

Camilla Colasso é farmacêutica bioquímica e mestre em Toxicologia e Análises Toxicológicas pela USP. Nos últimos cinco anos tem se dedicado ao estudo e acompanhamento profundos e sistemáticos sobre armas químicas de guerra. Já publicou diversos artigos, proferiu palestras para os mais diversos e interessados públicos, e tem posto o tema em debate. É também autora do livro ‘Ácido Fluorídrico e Fluoreto: aspectos toxicológicos’ e atualmente gerente da empresa Intertox.

Intertox

A Intertox é referência nacional no segmento de segurança química, gerenciamento de riscos químicos, gestão ambiental e tecnologia da informação, com 16 anos de atuação no mercado. A empresa oferece serviços de documentação de segurança química; softwares voltados à gestão de riscos químicos, toxicológicos e ambientais; avaliações toxicológicas e estudos de toxicidade in silico, segmento em que é pioneira no País. Possui um corpo técnico altamente especializado, três diretorias descentralizadas e amplo portfólio de serviços, que são customizados e adaptados de acordo com a necessidade de cada cliente.

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