Coreias concordam com reunião entre famílias separadas pela guerra

Representantes das Coreias concordaram nesta quarta-feira em promover uma reunião de famílias separadas desde o fim da guerra na península, no começo da década de 50. As delegações concordaram em realizar os encontros a partir do próximo dia 20, no Mount Kumgang, um resort no lado norte da fronteira.

O Ministério da Unificação de Seul informou que os encontros familiares serão realizados entre os dias 20 e 25 deste mês. A porta-voz do Ministério explicou que o governo sul-coreano divulgará em breve mais detalhes sobre o acordo para a retomada dos encontros humanitários, cuja última edição aconteceu no final de 2010.

A reunião desta quarta foi organizada depois que o regime de Pyongyang concordou, no mês passado, em retomar o programa. As delegações se encontraram em Tongilgak, vila no lado norte-coreano. Em setembro do ano passado, a Coreia do Norte cancelou um evento similar a dias de sua realização.

Um possível obstáculo para o avanço das negociações é o exercício militar que a Coreia do Sul realizará em conjunto com os Estados Unidos nos próximos meses, o que a Coreia do Norte vê como uma provocação e ameaça. Os governos de Seul e Washington, no entanto, afirmam que as manobras têm natureza defensiva.

A Guerra da Coreia, entre os anos de 1950 e 1953, separou dezenas de milhares de famílias, e a comunicação entre os membros familiares, sejam por telefone, cartas ou e-mails, é proibida. Viagens também não são permitidas. Os dois países realizaram seu primeiro evento de reunificação das famílias em 1985, mas até o ano 2000 não houve um segundo encontro.

Desde então, até o ano de 2010 foram feitas 18 reuniões que permitiram que mais de 3,8 mil cidadãos voltassem a se reunir por um curto período com seus parentes após décadas de separação.

Entre as pessoas que solicitaram participar dos reencontros familiares, 80% têm idade superior aos 70 anos, segundo Seul, e vários desses idosos morrem todos os anos sem poder reencontrar seus parentes do outro lado da fronteira.

 

Com informações das agências AP, EFE e Reuters

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