BELTRAME – Agora precisamos agir na Maré


Nicolas Satriano
Do G1 Rio

Termina a Olimpíada 2016 e a atenção dos fluminenses se volta para a segurança pública do estado após os jogos. Neste domingo (21), enquanto tinha início a cerimônia de encerramento, o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, em entrevista no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), reforçou o pedido ao governo federal para que as Forças Armadas permaneçam no estado até, pelo menos, a realização das eleições municipais.

"Já pedi para que eles permaneçam aqui não só para o Paralímpico, mas, que posteriormente [aos Jogos]. Acho que esse é o modelo [de segurança] que pode vir a ajudar qualquer outro estado, qualquer outra grande capital brasileira, embora haja a limitação constitucional. Mas quando se quer, se muda lei e constituição da noite para o dia nesse país. Por que não mexer nisso de uma maneira bastante produtiva?", indagou Beltrame.

Para o secretário, fica como legado para a segurança nos Jogos a integração entre as forças, algo que ele disse que tem sido feito e solicitado pela administração estadual desde 2007, quando assumiu a pasta.

"Na situação em que o país se encontra, nós não podemos, hoje, nos dar ao luxo de ver uma outra instituição sangrar, ver uma outra população de outro estado sangrar, e as instituições entrincheiradas em determinações constitucionais não poderem vir e prestar o seu apoio", afirmou.

Em relação à morte do soldado da Força Nacional assassinado ao entrar por engano na Vila do João, no Conjunto de Favelas da Maré, Beltrame lamentou a morte do servidor público e garantiu que, caso área seja pacificada, "fatos dessa natureza" não voltariam a acontecer. Além disso, para Beltrame, problemas crônicos em locais como nos conjuntos da Maré e Alemão não devem ser solucionados nos próximos meses.

"É um problema que a cidade tem, que a cidade apresenta. É lamentável a perda de um servidor público baleado, mas essa é a história da cidade, essa cidade tem isso. Esse problema da Vila do João não é de ontem, é de muito tempo. E o que nós fizemos para minimizar isso? Nós não tivemos uma área onde tenha UPP, com todos os problemas que pode ter a UPP, nós não tivemos uma área onde essas coisas aconteçam. Então, aquele lugar ali, para resolver o problema, é necessário e urgente que se ocupe. A ocupação pode trazer seus problemas, mas fatos dessa natureza, eu garanto a vocês, que não acontecerão mais", afirmou.

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