Infantaria: 80 anos tornando a FAB mais protegida, moderna e preparada

Tenente Raquel Alves E Major Oliveira Lima

A Infantaria da Aeronáutica, complementando a atividade fim da Força Aérea Brasileira (FAB), é a força de combate terrestre que garante a segurança, em solo, das “Asas que protegem o País”.  Ao longo dessas oito décadas de existência, a Infantaria da Aeronáutica vem buscando o aperfeiçoamento de suas atividades, por meio da capacitação especializada da tropa, do desenvolvimento de sua doutrina de emprego e da consolidação de suas áreas de atuação.   

A Infantaria da FAB possui três áreas de atuação básicas: Segurança e Defesa, Defesa Antiaérea e Operações Especiais, cada uma delas agrupando um conjunto de Ações de Força Aérea específicas.

A ação de Autodefesa de Superfície (ADS), que faz parte da Segurança e Defesa, consiste em empregar Meios de Força Aérea para detectar, identificar e neutralizar ataques realizados por forças oponentes contra áreas sensíveis e pontos sensíveis de interesse da Força Aérea. Essa ação, com viés de emprego em situações de crise ou de conflito armado, completa o tripé da Segurança e Defesa atribuída à Infantaria da Aeronáutica, junto às ações de Polícia da Aeronáutica e de Segurança das Instalações.

No ano de 2016, teve início o desdobramento normativo relacionado à Autodefesa de Superfície, com o planejamento da autoproteção dos Meios de Força Aérea e da aquisição dos equipamentos compatíveis com o emprego em Operações de Garantia da Lei e da Ordem, bem como a implementação da doutrina de ADS associada à Capacidade Militar Aeroespacial de Proteção da Força.

A implementação dos Esquadrões de Autodefesa de Superfície, empregando tropa especializada, em prol da defesa das instalações aeronáuticas, remete à atuação em um ambiente mais amplo e complexo, envolvendo a presença de um oponente hostil, disposto a infringir danos à capacidade de operação de nossos vetores aéreos, quando em sua condição mais vulnerável: estacionados ou operando em solo, bem como nas manobras de pouso e de decolagem.

“O recebimento de novos vetores estratégicos, como o F-39 Gripen e o KC-390 Millennium, a consolidação do Centro de Operações Espaciais e a implementação do Centro Espacial de Alcântara são exemplos que demandarão um esforço contínuo da Infantaria em prol do aperfeiçoamento doutrinário e tecnológico, mantendo sempre em mente o compromisso de defender na terra o domínio do ar", destacou o Chefe da Subchefia de Segurança e Defesa do Comando de Preparo, Brigadeiro de Infantaria Marcelo Rosa Costa.

O Primeiro Esquadrão de Autodefesa de Superfície, com implantação prevista para ocorrer no Grupo de Segurança e Defesa de Manaus (GSD – MN), tem seu emprego operacional organizado em cinco subsistemas interdependentes (Armas; Vigilância e Alarme; Mobilidade; Comunicações; e Equipamentos Individuais), contando com o Centro de Operações de Autodefesa de Superfície para o comando e controle das operações táticas desencadeadas no terreno.

80 anos da Infantaria

A história da Infantaria da Aeronáutica confunde-se com a da Força Aérea Brasileira, surgindo, praticamente, com a criação do Ministério da Aeronáutica, no início da Segunda Guerra Mundial, contando com a participação direta de três Sargentos de Infantaria de Guarda na segurança terrestre do Primeiro Grupo de Caça, no período de 1943 a 1945, na Itália.

No ano de 2021, a Infantaria da Aeronáutica comemora seus oitenta anos, no dia 11 de dezembro. O dia foi instituído por meio da Portaria n° 0954/GM3, de 13 de julho de 1984, em alusão ao ano de 1941, quando, nessa data, foi publicado o Decreto-Lei nº 3.930, criando as seis primeiras Companhias de Infantaria de Guarda, instaladas nas Bases Aéreas brasileiras de Belém (PA), Fortaleza (CE), Galeão (RJ), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA).

Fotos: COMPREP

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