IATA – Prevê lucros menores a partir de 2016 para aéreas

O desempenho financeiro das companhias áreas deve começar a se deteriorar depois de o setor como um todo atingir um recorde de lucros este ano. A Associação Internacional do Transporte Aéreo, ou IATA, principal entidade representativa dessas empresas, rebaixou ontem suas previsões para o setor.

Excesso de capacidade, custos com combustível mais altos e agitações políticas estão se unindo para provocar o fim de um período de cinco anos consecutivos de melhora nos lucros, informou a Iata.

As aéreas devem registrar, em conjunto, um lucro líquido recorde este ano de US$ 35,6 bilhões, segundo a Iata, ligeiramente maior que o obtido no ano passado, mas menor que o lucro previsto pela associação há seis meses, de US$ 39,4 bilhões. Para 2017, A IATA prevê que o lucro cairá para US$ 29,8 bilhões. As margens também encolherão, de uma média 5,1% este ano, para 4,1%.

“Apesar da esperarmos condições mais difíceis, vemos um pouso suave no território da lucratividade”, disse Alexandre de Juniac, diretor geral da Iata. O setor, que perde dinheiro com frequência, está no azul há oito anos, disse.

As empresas já se preparam para as vacas magras. Tim Clark, diretor-presidente da Emirates Airline, a maior empresa aérea do mundo por tráfego, disse esta semana que a demanda por viagens aéreas cairá nos próximos anos. A empresa vai aproveitar esse período para melhorar suas operações internas em vez de se expandir, disse. A Emirates ainda pretende comprar mais aviãoes de longo alcance, mas tem menos urgência.

Na América Latina, as companhias aéreas também devem ser afetadas. A expectativa é de que fechem 2016 com um lucro líquido de US$ 300 milhões, depois de registrarem prejuízos de US$ 1,3 bilhão em 2015. No ano que vem, o lucro deve cair para US$ 200 milhões, prevê a IATA.

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