Aberta investigação ao incidente com dois aviões em Barcelona

PORTAL TVI24 (Portugal)
Via Notimp/FAB


O incidente com dois aviões no aeroporto de Barcelona na madrugada do último sábado já está a ser investigado pela Aeroportos Espanhóis e Navegação Aérea (AENA), entidade que gere os aeroportos espanhóis.

No entanto, segundo o comunicado da AENA, as imagens que mostram o momento em que um dos aviões tem de abortar a aterragem, aparentemente para evitar colidir com o outro, «não fazem parte da investigação».

O vídeo foi captado por um «spotter», nome pelo qual são conhecidos os entusiastas da aviação que fotografam e filmam perto de aeroportos.

Nas imagens pode ver-se um Airbus A340-300, das Aerolíneas Argentinas, a cruzar uma das pistas do aeroporto de Barcelona antes de levantar para Buenos Aires. Entretanto, um Boeing 767-30, da companhia aérea russa UTair, procedente de Moscovo, teve de abortar a aterragem.

Especialistas ouvidos pelo «El País» garantem que este aparelho estava a 60 metros do chão e demoraria apenas 20 segundos a aterrar no local onde estava o outro avião. A AENA, no entanto, nega esta análise e responde apenas que «há uma investigação em marcha».

A entidade que gere os aeroportos espanhóis notificou o caso à Comissão de Investigação de Acidentes e Incidentes de Aviação Civil «para sua análise e correspondente investigação», que «confirmará a existência de tal incidente e determinará as suas casas», acrescenta o comunicado.

Todas as fontes oficiais negam até agora o perigo. O porta-voz da Associação de Controladores de Tráfego Aéreo garante que havia tempo para os dois aviões fazerem as respetivas manobras, apesar de admitir que ocorreu qualquer erro. «É um incidente sério, mas não houve risco de colisão», afirmou David Guillamón.

No aeroporto de Barcelona, a versão também é esta: a pista tem 2.528 metros, o avião russo estava a aproximar-se do início dela, o aparelho argentino já estava a sair e o ponto de onde são captadas as imagens pode levar a uma ilusão de ótica que os aproxima quando, na verdade, estão a cerca de mil metros de distância. De qualquer maneira, pelo menos o piloto do Boeing achou que havia risco e levantou de novo.

A nota da AENA esclarece que a manobra que o avião russo fez se chama «go around» e que se trata de «um procedimento regular que conta com todas as garantias de segurança e para a qual os pilotos estão treinados».

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