Avião com 239 pessoas desaparece no Mar do Sul da China

Uma busca conjunta está sendo realizada por diversos países nas águas entre a Malásia e o Vietnã, no Mar do Sul da China, após um avião da Malaysia Airlines que voava para Pequim desaparecer com 239 pessoas a bordo.

Nenhum destroço foi encontrado ainda, mas o governo vietnamita disse que detectou duas manchas de óleo de 15 quilômetros no mar. Embora elas sejam similares ao que seria combustível de um avião, não há confirmação de que estão relacionadas com a aeronave desaparecida.

A companhia aérea informou em um comunicado que o voo MH370 desapareceu às 02:40 de sábado (15:40 de sexta-feira, em Brasília) depois de sair de Kuala Lumpur.

Esperava-se que ele pousasse em Pequim às 06:30 (19:30 em Brasília).

O ministro dos Transportes da Malásia disse que não havia nenhuma informação sobre destroços e condenou especulações.

"Estamos fazendo tudo em nosso poder para localizar o avião", Hishammuddin Hussein disse a jornalistas em Kuala Lumpur.

"Nossa esperança é que as pessoas entendem que estamos sendo o mais transparente possível, estamos dando informações o mais rápido que podemos, mas queremos ter certeza de que as informações foram verificadas", acrescentou.

O presidente-executivo da Malaysia Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, afirmou que o foco era ajudar as famílias dos desaparecidos. Ele disse que 80 % das famílias foram contatadas.

O avião saiu do radar ao sul do Vietnã, de acordo com um comunicado no site do governo vietnamita.

Esforço conjunto

A aeronave Boeing B777-200 transportava 227 passageiros, incluindo duas crianças, e 12 membros da tripulação. Os passageiros eram de 14 nacionalidades diferentes, disse Yahya. Entre eles estavam 152 cidadãos chineses, 38 malaios , 12 pessoas da Indonésia e seis da Austrália.

Os países da região deixaram as disputas territoriais em torno do Mar do Sul da China de lado e estão promovendo um esforço conjunto para localizar os desaparecidos.

Malásia, Vietnã, Filipinas, Singapura e China enviaram aviões e navios em busca do Boeing 777. Segundo o governo da Malásia, os Estados Unidos vão mandar aviões.

"Em tempos de emergências como esta, temos que mostrar unidade de esforços que transcende as fronteiras e as questões", disse Roy Deveraturda, que chefia o Comando Ocidental do exército filipino.

O piloto era Capt Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, que está na Malaysia Airlines desde 1981, disse Yahya.

Amigos e parentes que esperavam passageiros do vôo em Pequim foram instruídos a ir para um hotel nas proximidades, onde funcionários foram destacados para dar apoio.

A Associated Press relatou que uma mulher chorando disse no celular: "Eles querem que a gente vá para o hotel. Isso não pode ser bom.".

O avião estava voando a uma altitude de 10.700 metros e os pilotos não relataram problemas com a aeronave, disse à CNN Fuad Sharuji, vice-presidente de operações de controle da Malaysian Airlines.

A companhia aérea é uma das maiores da Ásia, transportando cerca de 37.000 passageiros por dia, para cerca de 80 destinos no mundo.

A rota Kuala Lumpur-Pequim tornou-se mais e mais popular com o aumento do comércio entre Malásia e China.

Em 20 anos de história, nunca havia sido registrado um acidente fatal com o modelo 777 da Boeing até que um acidente durante a aterrisagem de um avião da Asiana em São Francisco (EUA) em julho do ano passado matou três adolescentes da China.

Pelo Twitter, a Boeing disse: "Estamos monitorando de perto os relatórios sobre o voo MH370. Nossos pensamentos estão com todos a bordo".

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter