EADS irá se reorganizar e pode mudar nome para Airbus

Nota DefesaNet,

Um dito na indústria aeronáutica era que a EADS era um cachorro balançado pelo rabo que era a AIRBUS.

Este fato é acentuado com a reduação das atividades na área de defesa.

A EADS retém posições relevantes:

# 1 no campo de Helicópteros com a EUROCOPTER;
Posição relevante no ramo espacial (satélites) com a ASTRIUM;
# 1 Fabricante mundial de caças com o Eurofighter Typhoon;

E a competição de ponta com a Boeing na liderança do mercado de aviação civil.

A simples adoção do nome AIRBUS terá outras implicações, entre elas qual o futuro das unidades ligadas às áreas de defesa, a maioria localizada na Alemanha? Frau Merkel sabe disso e tem inclusive proposto aumentar a participação direta do governo alemão no grupo após a saída da Daimler-Benz.

O Editor
 

PARIS/BERLIM, 19 Jul (Reuters) – A EADS, controladora da Airbus, deve reorganizar algumas unidades de negócios como parte de uma estratégia de revisão que também pode resultar na mudança do nome do grupo aeroespacial europeu para Airbus, disseram pessoas familiarizadas com o assunto na quinta-feira.

As mudanças têm o objetivo de proporcionar uma maior disciplina e coesão para diferentes atividades de defesa, mas a EADS deverá abandonar a meta de longo prazo de equilibrar a receita de defesa e comercial após o fracasso das negociações de fusão com a BAE Systems no ano passado.

A reestruturação, que será discutida pelo Conselho no final de julho, vai tentar equilibrar o entusiasmo dos investidores pela receita de aviões da AIRBUS com o recuo em defesa, mas é provável encontrar um tom pragmático enquanto a Europa permanece mergulhada na incerteza da crise da dívida.

"Haverá alguns grandes anúncios, mas não necessariamente muito da estratégia nessa revisão. É algo mais sobre o que fazer com a estrutura e a lucratividade", disse uma fonte próxima ao processo.

Entre as opções sendo consideradas está a maior sobreposição entre as atividades de defesa e espaciais do grupo, disseram várias fontes.

O presidente-executivo da empresa, Tom Enders, enfrenta uma tarefa delicada de mudar e definir as atividades de defesa, sem criar distúrbios para as atividades comerciais que têm o apoio dos investidores.

A empresa tem revivido propostas para mudar o nome EADS -depois de 13 anos de ter sido criada como European Aeronautic Defence and Space após uma fusão de ativos franceses, alemães e espanhóis.

Enders há muito apoia a mudança do nome para AIRBUS e parece ter o apoio do presidente-executivo da Airbus, Fabrice Bregier, disseram as fontes.

Disputa com a Boeing

A fabricante europeia de aviões AIRBUS elevou sua meta de pedidos para 2013 para mais de 1.000 aviões, comparada com a meta anterior de 800 unidades, disse o vice-presidente de vendas da empresa, John Leahy, à Reuters nesta sexta-feira.

A meta revisada coloca a AiIRBUS no caminho para ultrapassar o total de 914 aviões em pedidos firmes de 2012, afirmou Leahy antes de um evento que marca a milésima entrega de um avião do modelo A330.

A AIRBUS anunciou 722 pedidos antes de cancelamentos no primeiro semestre. A subsidiária da EADS informou 100 pedidos provisórios adicionais, que ainda têm que ser finalizados.

A AIRBUS está atrás da rival Boeing que anunciou 859 encomendas firmes entre o início de janeiro e meados de julho deste ano.

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