Ministro da Defesa e Comandantes das Forças lançam nova fase da Operação Atlas

Na ocasião, houve demonstração operacional da interoperabilidade entre a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira

Agência Força Aérea, Ten Gabrielle Varela

Nesta sexta-feira (03/10), a Base Aérea de Boa Vista (BABV) sediou o lançamento da última fase da Operação Atlas, coordenada pelo Ministério da Defesa, marcada como o maior exercício de 2025, que desenvolve a interoperabilidade das Forças Armadas, visando a proteção da Amazônia e a soberania do espaço aéreo dessa região, que possui amplos desafios e sensibilidades.

A solenidade contou com a presença do Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho; do Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen; do Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva; do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno; do Governador do Estado de Roraima, Antônio Denarium, além de demais autoridades militares e civis convidadas. 

Durante o evento, foram apresentados todos os meios militares disponibilizados pelas três Forças Armadas para o exercício. O Exército e Aeronáutica empregam meios terrestres e aéreos em Roraima para estabelecer a superioridade aeroespacial e superar os desafios de atuação em uma das áreas mais estratégicas do Brasil, que é a Amazônia.

Já a Marinha do Brasil, a partir do Pará, disponibiliza seus meios fluviais juntamente com a aeronave de patrulha P-95 Bandeirulha, também da Força Aérea Brasileira, em proteção à Foz do Amazonas.

A Operação Atlas concretiza-se um ciclo de trabalho anual de qualificação e atestamento militar, coroando de sucesso essa jornada de atividades de diferentes segmentos de nossas organizações e ratificando a perfeita sinergia entre o Ministério da Defesa, por meio do Estado, o maior conjunto das Forças Armadas e as Forças Singulares. Tudo fazemos por defender e proteger a nossa integridade e soberania em todo o território nacional, especialmente na região amazônica“, declarou o Ministro da Defesa, José Mucio.

Emprego Aéreo da FAB

A Força Aérea Componente (FAC), coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), engloba o esforço conjunto e integrado por meio de unidades aéreas capacitadas para realizar ataque ao solo, reconhecimento armado, vigilância, controle aéreo avançado e apoio aéreo aproximado. Além disso, também realiza suporte às tropas em solo, contribui na manutenção do controle aeroespacial, por meio de interceptações.

O Comandante da Aeronáutica destacou que desde a criação do Ministério da Defesa, nesses 26 anos não houve nada parecido com esse exercício. “Estamos apenas entendendo a conformidade de uma operação deste vulto com as nossas grandes forças, identificando também futuras necessidades, tudo mais aquilo que nós temos que fazer, para que a gente possa estar cada vez mais preparado para a nossa missão da Força Aérea, que é fazer o controle e a defesa do espaço aéreo e ajudar na integração nacional“, completou o Tenente-Brigadeiro Damasceno.

Estão sendo empregadas as aeronaves P-95 Bandeirulha Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAV – Esquadrão Netuno), sediado na Base Aérea de Belém; o A1-M, do Primeiro do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAV – Esquadrão Poker), sediado em Santa Maria (RS); aeronaves A-29 Super Tucano, do Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3ºGAV – Esquadrão Escorpião), sediado em Boa Vista (RR); o helicóptero H-60L Black Hawk do Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAV – Esquadrão Harpia), sediado em Manaus (AM); a Aeronave Remotamente Pilotada Hermes 900 do Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV – Esquadrão Hórus); um C-98 Caravan do Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo (1º ETA – Esquadrão Tracajá); Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS-ParaSar); e também o Centro de Operações Espaciais (COPE), responsável pelo controle e monitoramento dos satélites empregados em apoio ao Comando Conjunto.

Fotos: Sargento André Souza/ CECOMSAER; Sargento Rômulo/ Exército; Soldado Moacir/ BABV; 

Operação Atlas reforça presença das Forças Armadas no extremo norte do Brasil

(MD) O Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, esteve, nesta sexta-feira (3), no extremo norte do País para acompanhar de perto a última fase da Operação Atlas, o maior exercício militar conjunto das Forças Armadas em 2025, coordenado pelo Ministério da Defesa. A iniciativa que reúne esforços da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB), mobiliza cerca de 10 mil militares e integra meios terrestres, aéreos e navais em cenários desafiadores em uma região de grande importância estratégica para o País.

“A Operação Atlas se mostra como um dos mais expressivos marcos na permanente busca pelo aperfeiçoamento e pela interoperabilidade das nossas Forças Armadas. Ao todo, as Forças percorreram mais de 92 mil quilômetros para se concentrar nesse teatro de operações, demonstrando a capacidade de atuar em diferentes terrenos, independentemente das limitações e dificuldades impostas”, afirmou o ministro.

Treinamento real em ambiente complexo 

Na Frente Leste, a partir de Belém (PA), a Marinha emprega o Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, o maior navio militar da América Latina, juntamente com a aeronave P-95 Bandeirulha da FAB em ação de patrulha marítima da Foz do Amazonas. Também está presente no exercício o Navio de Desembarque de Carros de Combate “Almirante Saboia”, transportando tropas, equipamentos e helicópteros.

Em Roraima, militares do Exército e da Força Aérea atuam de forma coordenada em exercícios que simulam operações no complexo ambiente operacional amazônico. Estão sendo utilizados cerca de 500 veículos blindados e viaturas, incluindo Guaicuru, Guarani, Leopard, Cascavel, o sistema Astros e o obuseiro M109 (blindado com sistema de artilharia), além de aeronaves como o cargueiro C-105 Amazonas, os caças A-1M e A-29 Super Tucano e helicópteros H-60 Black Hawk.

Apronto Estático e Dinâmico: tecnologia e capacidades em exibição

Na Base Aérea de Boa Vista, o Apronto Estático reuniu meios e tropas de diversas regiões do Brasil para apresentar as principais capacidades militares que serão empregadas na Operação Atlas, evidenciando um elevado grau de preparo operacional, técnico e logístico. 

Em seguida, o Apronto Dinâmico simulou um teatro de operações de alta complexidade, com infiltração de forças especiais, assalto aeromóvel, guiamento aéreo avançado e apoio de fogo com mísseis e artilharia pesada. A atuação integrada das forças em solo e no ar demonstrou a capacidade de resposta rápida e a eficácia das manobras em ambiente amazônico.

“Nós temos trabalhado bastante para reforçar essa região do País. Ocorrem aqui várias operações de rotina, estamos em curso com a Operação Catrimani II, para a desintrusão da mineração ilegal na Terra Indígena Yanomami. Também conduzimos a Operação Acolhida, em andamento desde 2017. Então, essas operações envolvem intensificação e interoperabilidade, sempre na busca de aperfeiçoamento. É fundamental a mobilização e o deslocamento estratégico, e pudemos ver as capacidades demonstradas aqui”, ressaltou o Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva.

Forças integradas em defesa da Amazônia

Com a participação de aproximadamente cem organizações militares de diferentes regiões do País, a Operação Atlas consolida-se como um exercício essencial para o desenvolvimento de capacidades críticas, demonstrando o preparo das Forças Armadas para atuar com agilidade, eficiência e coordenação em áreas sensíveis e de difícil acesso. 

Autoridades presentes na operação

Também estiveram presentes na operação o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), Almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire; a Secretária-Geral do Ministério da Defesa, Cinara Wagner Fredo; o Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen; e o Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva.

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