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Forças Aéreas do Brasil e do Canadá firmam cooperação

As Forças Aéreas do Brasil e do Canadá assinaram na quarta-feira (9), em Brasília (DF), o programa de atividades entre as instituições para o biênio 2016-2017. O documento é resultado da IV Reunião de Conversação entre os Estados-Maiores das duas instituições. 

Entre as ações previstas estão intercâmbios nas áreas de busca e salvamento, aviação de caça, segurança de voo, comando e controle, gestão e controle de orçamento, além de participação brasileira no exercício operacional Maple Flag, em 2017.

Em relação à busca e salvamento, os militares brasileiros devem ir ao Canadá em busca de aprimorar técnicas de resgate de pessoas feridas no mar, a bordo de embarcações ou não, especialmente em condições meteorológicas de clima frio.

Os canadenses também devem vir ao Brasil. O objetivo será conhecer como a FAB gerencia, controla e defende o espaço aéreo. O intercâmbio será no Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) e no Primeiro Centro Integrado de Controle do Espaço Aéreo e de Defesa Aérea (Cindacta I). Pilotos de caça canadenses devem realizar intercâmbio de doutrina de combate além do alcance visual (BVR) e o uso do capacete com mira (HMD).

Para o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (Emaer), Tenente-Brigadeiro do Ar Hélio Paes de Barros Júnior, este é um momento importante para fortalecer os laços de cooperação entre as instituições. “É um primeiro passo no sentido de aprofundarmos nossas ações de cooperação”, afirmou.

O Vice-Comandante da Real Força Aérea Canadense, Major-General Alexander Donald Meinzinger, destacou as participações do Brasil no exercício Maple Flag em 2012 e do Canadá no exercício Cruzex nas duas últimas edições, em 2013 e 2012. “Ficamos felizes com a participação do Brasil no exercício Maple Flag e pela nossa presença aqui na Cruzex. Sempre é uma oportunidade para nós aprendermos. Há muitas forças aéreas pelo mundo e o Brasil tem uma força área muito impressionante”, afirmou o Major-General.

Desafios semelhantes

Em função das semelhanças de tamanho dos territórios e com áreas de difícil acesso, as forças aéreas do Brasil e do Canadá enfrentam alguns desafios parecidos na ajuda à população de localidades afastadas. Aqui, a floresta Amazônica com os seus obstáculos naturais que dificultam o acesso à algumas regiões. A parte norte do Canadá, com baixa densidade populacional, e as áreas do Ártico também se tornam desafios para a operação da força aérea. “O que a força aérea traz ao governo e às forças armadas é nossa flexibilidade, agilidade e habilidade de projetar capacidade de cumprir a missão a longas distâncias”, afirma.

Os desafios em operar em regiões inóspitas também passa pela construção de pistas. “Muito nos impressiona o caminho pelo qual a Força Aérea Brasileira tem sido construída, atuando em áreas no meio da Amazônia que a permitiram projetar sua capacidade de operar. Nós temos feito algo muito semelhante na parte norte do Canadá, no Ártico, onde tivemos que construir pistas em situações similares. Nós temos muitas lições que podemos compartilhar entre as forças aéreas”, finaliza o General Meinzinger.

Outra área que chamou atenção do Vice-Comandante foi a integração das áreas civil e militar de controle do tráfego aéreo, tanto na tecnologia empregada como na maneira de administrar defesa e tráfego aéreo civil. “Fiquei muito impressionado com o briefing que recebi no Cindacta e com o nível de planejamento sobre o reforço que está sendo feito para os jogos olímpicos”, avalia.

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