Zawahiri se compromete a prosseguir com a jihad de Bin Laden

DUBAI, Emirados Árabes Unidos, 8 Jun 2011 (AFP) -O número dois da Al-Qaeda, o egípcio Ayman al-Zawahiri, se comprometeu a prosseguir com a jihad (guerra santa) contra o Ocidente lançada por Osama bin Laden, morto no dia 2 de maio, em um vídeo divulgado nesta quarta-feira, informou o centro de vigilância de sites islamitas SITE.

Ayman al-Zawahiri nasceu numa família de classe média proeminente em Maadi,Cairo Egito, um subúrbio do Cairo, e teve aparentemente uma mocidade estudiosa, onde dedicou sua infância a música. O pai dele, Mohammed Rabie al-Zawahiri, era um farmacêutico e um professor que vinha de uma família grande de doutores e estudiosos, enquanto a mãe dele, Umayma Azzam veio de um rico e elegante clã. Sendo um pouco rato de biblioteca, era excelente na escola, amava poesia e teve um grande afeto à sua mãe. Ele cresceu mais religioso que a família relativamente secular dele, e aos quatorze anos uniu-se a um grupo de Islamistas chamado a Irmandade Muçulmana (al-Ikhwan al-Muslimin), e tinha se tornado um estudante e seguidor de Sayyid Qutb.

Al-Zawahiri estudou comportamento, psicologia e farmacologia na Universidade do Cairo e forma-se em 1974, e ganhando um grau de Mestres em cirurgia em 1978. Em 1979 ele tinha passado para a Jihad islâmica muito mais radical onde ele se tornou um de seus organizadores principais e recrutador eventualmente. Ele era um em centenas que foram presas depois do assassinato de Anwar Sadat. No entanto, o governo egípcio estava impossibilitado de provar alguma conexão entre al-Zawahiri e o assassinato por isso ele foi libertado depois de servir algum tempo na prisão por posse ilegal de armas.

Nos anos 80 ele viajou para o Afeganistão para participar na resistência dos mujahideens contra a ocupação da União soviética. Lá ele conheceu Osama Bin Laden, que estava dirigindo uma base para mujahideens chamada Maktab al-Khadamat (MAK) ambos trabalharam debaixo da tutela do palestiniano Abdullah Yusuf Azzam.

Em 1990 Al-Zawahiri voltou ao Egipto onde continuou a instigar a Jihad islâmica em direções mais radicais que empregavam os conhecimentos e táticas que aprendera no Afeganistão. Em 1997, foi considerado o responsável pela matança de 62 turistas estrangeiros na povoação egípcia de Luxor, por isso foi condenado a morte por um tribunal militar egípcio.

Em 1998, emitiu juntamente com Osama bin Laden uma fatwa conjunta intitulada "Frente Islâmica Mundial contra Judeus e Cruzados", que foi um passo importante para ampliar os seus conflictos a uma escala mundial.

Em Dezembro de 2001, ele publicou o livro Cavaleiros Debaixo da Bandeira do Profeta que esboça a ideologia da Al-Qaeda. Foram publicadas traduções inglesas deste livro, mas é atualmente difícil de localizar devido a razões de segurança.

Depois da invasão norte-americana do Afeganistão, o paradeiro de al-Zawahiri é desconhecido. Parece provável que ele ficou com Bin Laden na região fronteiriça do Afeganistão com o Paquistão. A 3 de dezembro de 2001, foram lançados ataques aéreos contra um complexo de cavernas perto de Jalalabad. A esposa de Zawahiri, e os seus três filhos foram alegadamente mortos neste ataque.

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