Japão faz apelo por pressão sobre Coreia do Norte; EUA delineiam opções

O Japão afirmou nesta terça-feira que o mundo precisa continuar pressionando a Coreia do Norte a conter os programas nuclear e de mísseis, e os Estados Unidos anunciaram à Pyongyang uma escolha entre a beligerância e a prosperidade.

A Coreia do Norte vem realizando testes de armas em desafio a resoluções e sanções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e ignorando todos os clamores, inclusive de sua grande aliada, a China, para interrompê-los, provocando uma troca de farpas com os EUA.

O regime justifica seus programas de armas, incluindo a ameaça recente de disparar mísseis perto de Guam, território norte-americano no Oceano Pacífico, citando uma suposta hostilidade de Washington, como os exercícios militares desta semana com a Coreia do Sul.

O ministro das Relações Exteriores japonês, Taro Kono, disse que a pressão deve ser mantida até que os norte-coreanos demonstrem que desistirão de seu programa nuclear. "Não é hora de discutir (a retomada das) conversas de seis partes", afirmou Kono, referindo-se às negociações internacionais envolvendo as duas Coreias, os EUA, Rússia, China e Japão para a desnuclearização da península coreana. "É hora de fazer pressão", disse ele aos repórteres.

A maior prioridade do presidente norte-americano, Donald Trump, é proteger seu país e seus aliados contra a "ameaça crescente" da Coreia do Norte, e os EUA estão preparados para usarem "toda a gama de capacidades" à sua disposição, disse um enviado norte-americano.

O embaixador de desarmamento dos EUA, Robert Wood, disse à Conferência de Desarmamento, patrocinada pela ONU, em Genebra que "o caminho para o diálogo ainda continua sendo uma opção" para Pyongyang e que esta pode escolher entre pobreza e beligerância e prosperidade e aceitação.

O diretor do Comando do Pacífico dos militares dos EUA disse que a diplomacia é o segrego. "Por isso esperamos e trabalhamos por soluções diplomáticas ao desafio representado por Kim Jong Un", disse o almirante Harry Harris aos repórteres na base aérea dos EUA em Osan, a cerca de uma hora da capital, Seul, referindo-se ao líder da Coreia do Norte.

Combater ameaça norte-coreana é "prioridade máxima" de Trump, diz enviado

A prioridade máxima do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é proteger os EUA e seus aliados contra a "crescente ameaça" da Coreia do Norte, e o país está preparado para usar "a gama completa das capacidades a nossa disposição", disse um enviado dos EUA nesta terça-feira.

O embaixador de desarmamento norte-americano, Robert Wood, disse na Conferência sobre Desarmamento promovida pela ONU em Genebra que o "caminho para o diálogo ainda continua sendo uma opção" para Pyongyang. "Os programas nuclear e de mísseis balísticos da Coreia do Norte representam graves ameaças para o mundo inteiro", disse Wood.

"A prioridade máxima do meu presidente continua sendo proteger os Estados Unidos, seus territórios e nossos aliados contra a agressão norte-coreana". "Nós continuamos preparados para usar a gama completa das capacidades a nossa disposição contra a crescente ameaça da Coreia do Norte", disse ao fórum. Não houve nenhuma resposta imediata da delegação norte-coreana que estava na sala.

Coreia do Norte nunca entregará armas nucleares, diz enviado

A capacidade nuclear de autodefesa da Coreia do Norte nunca estará na mesa de negociações, disse um enviado de Pyongyang nesta terça-feira. Ju Yong Chol, um diplomata norte-coreano, se pronunciou durante a Conferência sobre Desarmamento promovida pela ONU depois que o embaixador dos Estados Unidos, Robert Wood, disse que a "prioridade máxima" do presidente Donald Trump é proteger os Estados Unidos e seus aliados contra a "crescente ameaça" da Coreia do Norte.

"As medidas tomadas pela Coreia do Norte para fortalecer sua capacidade nuclear e desenvolver foguetes intercontinentais são justificáveis e uma opção legítima para autodefesa em face a ameaças tão aparentes e reais" disse Ju ao fórum em Genebra, fazendo referência a "constantes ameaças nucleares" por parte dos Estados Unidos. "Enquanto a política hostil e a ameaça nuclear dos Estados Unidos continuarem sem contestação, a Coreia do Norte nunca colocará sua capacidade nuclear de autodefesa na mesa de negociações", afirmou.

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