Guerrilheiros das FARC chegam a Cuba para diálogos de paz

Cerca de dez membros da equipe de negociações das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) viajaram nos últimos dias a Cuba para participar dos diálogos de paz com o governo da Colômbia, que terão início nos próximos dias na Noruega, confirmou em 8 de outubro um porta-voz da guerrilha.

Chegou a Havana “uma parte considerável da delegação que estará à mesa de conversações”, explicou na capital cubana Hermes Aguilar, um porta-voz das FARC, em conversa telefônica com a emissora colombiana Blu Radio.

Está previsto que os diálogos de paz tenham início em 15 de outubro, com um primeiro evento em Oslo (Noruega), posteriormente transferidos para Havana.

Na verdade, 12 membros da guerrilha foram à ilha provenientes de três cidades da Colômbia: Pasto (estado de Nariño, sudoeste), Neiva (Huila, centro) e Rio Negro (Antióquia, noroeste), explicou Aguilar.

A viagem foi realizada depois que o governo colombiano suspendeu as ordens de prisão de 29 guerrilheiros que participaram dos diálogos, disse Aguilar, cujo verdadeiro nome é Orlando Jurado.

O grupo que chegou a Cuba era liderado pelo indivíduo vulgo ‘sargento Pascuas’, um dos poucos fundadores das FARC, em 1964, ainda vivos, informou.

Aguilar também declarou que o governo colombiano não lhes comunicou se Simón Trinidad, um comandante das FARC detido nos Estados Unidos, poderá participar de alguma forma das conversações, como a guerrilha havia solicitado, incluindo-o em sua lista principal de negociadores.

Iván Márquez, o número dois das FARC e chefe da equipe de negociações, não estava no grupo que viajou a Cuba, confirmou o porta-voz.

Hermes Aguilar foi um dos guerrilheiros que participaram dos contatos prévios mantidos em segredo durante meses pelo governo colombiano e as FARC em Havana, onde se decidiu o início de um processo de paz para solucionar o conflito armado mantido há quase meio século.

O processo de paz, o quarto empreendido nos últimos 30 anos pelas FARC, terá uma equipe negociadora principal de cinco pessoas por parte da guerrilha e outros cinco do governo. Ao todo, capa parte poderá credenciar 30 representantes.

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