Forças sírias apoiadas pelos EUA começarão “última batalha” contra enclave do Estado Islâmico

As Forças Democráticas Sírias (SDF), apoiadas pelos EUA, começarão uma investida contra o último enclave do Estado Islâmico, neste sábado, na parte da Síria onde a coalizão liderada pelos EUA tem apoiado operações contra o grupo, disse um oficial da SDF à Reuters.

“A batalha começará esta noite e a missão será eliminar os últimos resquícios da organização terrorista”, disse Mustafa Bali, chefe do escritório de imprensa da SDF, descrevendo a operação como “última batalha”.

Ele afirmou que, nos últimos 10 dias, soldados da SDF tem lidado com a batalha com “paciência”, enquanto civis eram retirados do enclave sitiado, composto por duas vilas próximas à fronteira do Iraque. Mais de 20 mil pessoas foram retiradas, disse.

Sírios apoiados pelos EUA avançam em conflitos contra o Estado Islâmico

Forças Democráticas Sírias (SDF), apoiadas pelos EUA, ganharam terreno do Estado Islâmico em batalha para capturar o último enclave no leste da Síria, um oficial da SDF afirmou, neste domingo. A SDF, apoiada pela coalizão liderada pelos EUA, começou o assalto no sábado, buscando limpar os últimos resquícios do califado do grupo jihadista na área de operações da SDF no leste e no norte da Síria.

O enclave é próximo à fronteira do Iraque e compreende duas vilas. O Estado Islâmico também ainda mantém território em parte da Síria que ainda está majoritariamente sob o controle do governo sírio, apoiado pelos russos e pelos iranianos. “Soldados da SDF, até agora, apreenderam 41 posições, mas encararam contra-ataques, no começo de domingo, que foram rechaçados”, disse o chefe do escritório de imprensa da SDF, Mustafa Bali, à Reuters.

“As lutas são naturalmente ferozes porque o grupo terrorista está defendendo seu último bastião”. O presidente Donald Trump, que planeja retirar as forças americanas da Síria, disse na quarta-feira que esperava fazer um anúncio formal, ainda esta semana, de que a coalizão recuperou todo o território anteriormente sob controle do Estado Islâmico.

Bali estima que de 400 a 600 jihadistas estejam no enclave, incluindo estrangeiros e outros soldados. Também se estima que haja entre 500 e 1,000 civis, disse Bali. Mais de 20,000 civis foram evacuados nos dez dias de preparação para sábado, afirmou. “Se conseguirmos, em um curto espaço de tempo, tirar os civis (restantes) ou isolá-los, eu acredito que nos próximos dias vamos testemunhar o fim militar da organização terrorista nesta área”, disse Bali.

Merkel contradiz Trump afirmando que Estado Islâmico não foi derrotado

Longe de ter sido derrotado, o Estado Islâmico na verdade está se tornando uma força de combate assimétrica desde que perdeu quase todos os territórios que já controlou na Síria, disse a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, nesta sexta-feira.

Os comentários de Merkel, feitos durante a inauguração da sede da agência de inteligência estrangeira alemã (BND) em Berlim, contradizem declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo o qual o grupo militante islâmico foi vencido. “O chamado Estado Islâmico por sorte foi expulso de seus territórios, mas isso infelizmente não significa que o Estado Islâmico desapareceu”, disse Merkel. “Ele está se transformando em uma força de combate assimétrica.

E isso, é claro, é uma ameaça.” A chanceler conservadora disse que monitorar os eventos na Síria é uma das maiores prioridades da BND, o que inclui rastrear ameaças cibernéticas e notícias falsas concebidas para influenciar eleições democráticas.

Na quarta-feira Trump disse que espera, já para a próxima semana, um anúncio formal de que a coalizão que combate os militantes recuperou todos os territórios antes ocupados. Em dezembro ele tuitou que o grupo havia sido “derrotado”. Trump quer retirar as tropas dos EUA da Síria até o final de abril, um plano que alarmou aliados europeus que temem que o Estado Islâmico ressurja em solo sírio na ausência de um plano de paz viável para acabar com a guerra civil do país.

“Continuamos muito longe da paz na Síria”, afirmou Merkel, adorada pelos mais de 550 mil sírios que encontraram refúgio na Alemanha depois que ela decidiu abrir as fronteiras da nação a quase um milhão de postulantes a asilo em 2015. A nova sede da BDN abrigará os 4 mil funcionários da agência, que terão que se transferir de suas instalações próximas de Munique.

A grande estrutura erguida no distrito de Mitte da capital alemã demorou mais de 10 anos para ser finalizada e custou mais de 1,4 bilhão de euros, noticiou a mídia alemã. O edifício ocupa uma área de 10 hectares e tem cerca de 260 mil metros quadrados de escritórios.

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