Derrota da Al-Qaeda está ‘ao alcance’, diz secretário da Defesa dos EUA

Para Panetta, após a morte de Osama Bin Laden – anunciada quando o secretário ainda chefiava a CIA –, líderes-chave da rede extremista foram identificados no Paquistão, no Iêmen, na Somália e em outros países. Ele disse que esses líderes serão alvejados.

Em conversa com jornalistas, Panetta disse que analistas de inteligência americanos identificaram que a captura ou morte de “dez a vinte líderes-chave” abalaria a rede extremista.

Ele se recusou a citar quem seriam esses líderes, mas disse que a lista inclui o sucessor de Bin Laden no comando da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, e o clérigo muçulmano americano de origem iemenita, Anwar al-Awalaki, apontado pelos EUA como líder da Al-Qaeda na Península Arábica.

“Se formos bem-sucedidos em capturá-los, acho que realmente poderemos minar sua habilidade de fazer qualquer tipo de planejamento, de conduzir qualquer tipo de ataque”, declarou. “É por isso que acho que está em nosso alcance (derrotar a Al-Qaeda).”

Horas antes da chegada do secretário, dois soldados americanos foram mortos na região do vale do Panjshir, por um oficial da inteligência afegã. Os tiros aparentemente se seguiram a uma discussão, informaram fontes à agência Reuters.

"Se formos bem-sucedidos em capturar (líderes-chave da Al-Qaeda), acho que realmente poderemos minar sua habilidade de fazer qualquer tipo de planejamento, de conduzir qualquer tipo de ataque."
Leon Panetta, secretário da Defesa dos EUA

 

Retirada

Um dos temas a serem tratados na visita do secretário da Defesa é o plano do presidente Barack Obama de retirar 10 mil soldados americanos do Afeganistão ainda neste ano e outros 23 mil até setembro de 2012.

Panetta se encontrou com tropas americanas e se reuniu com o presidente afegão, Hamid Karzai, um aliado incômodo dos EUA.

Karzai tem sido um forte crítico das baixas civis ocorridas durante ofensivas da Otan (aliança militar ocidental) no Afeganistão; ao mesmo tempo, seu governo tem sido marcado por denúncias de corrupção.

Panetta disse esperar “o começo de uma relação muito melhor (com o Afeganistão) do que a que temos tido nos últimos anos”.

O maior desafio, disse ele, continua sendo o treinamento de forças afegãs para que elas possam assumir a segurança do país. “Progredimos nisso, mas acho que há muito mais a ser feito para (que ocorra) a transição da responsabilidade (da segurança) a eles.”

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