China vai elevar gastos de defesa em 10,1 por cento este ano com investimento em tecnologia

A China vai elevar seus gastos militares em 10,1 por cento este ano para 886,9 bilhões de iunaes (141,45 bilhões de dólares), conforme amplia o investimento em sistemas bélicos de alta tecnologia, anunciou o governo nesta quinta-feira.

O aumento de gastos, que ficará acima do ritmo de crescimento de um dígito do PIB chinês, mantém uma sequência quase não interrompida de duas décadas de alta de dois dígitos no orçamento de defesa.

Os vários anos de gastos robustos levaram a um fortalecimento militar que desperta temores pela região, especialmente à medida que a China tem adotado uma linha firme em disputas territoriais nos mares do Leste e do Sul da China.

"Vamos fortalecer de forma abrangente logísticas modernas, intensificar a pesquisa de defesa nacional e o desenvolvimento de armas e equipamentos de alta tecnologia, e desenvolver indústrias de ciência e tecnologia ligadas à defesa", disse o primeiro-ministro Li Keqiang em um relatório anual ao Parlamento da China, o Congresso Nacional do Povo.

No ano passado, o orçamento de defesa subiu 12,2 por cento, para 130 bilhões de dólares, perdendo apenas para o orçamento militar de 534 bilhões de dólares dos Estados Unidos.

Empresas de tecnologia não devem temer lei antiterrorismo

A lei antiterrorismo proposta pela China não afetará os interesses legítimos de empresas de tecnologia, disse uma importante porta-voz chinesa nesta quarta-feira ,depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou sobre o impacto da legislação e pediu alterações.

As propostas da China, que poderiam exigir das empresas de tecnologia que forneçam chaves de criptografia e instalem backdoors concedendo acesso à aplicação da lei para investigações antiterroristas, provocou críticas de Obama, que disse à Reuters em entrevista nesta semana que a China teria que alterar o projeto de lei se fosse "fazer negócios com os Estados Unidos".

Fu Ying, porta-voz parlamentar chinesa, disse que muitos governos Ocidentais, incluindo Washington, fizeram pedidos similares para a chaves de criptografia, enquanto as companhias chinesas que operam nos EUA há tempos são sujeitas a intensas verificações de segurança.

As propostas da China estão "de acordo com princípios da lei de administração chinesa bem como práticas internacionais comuns e não afetarão os interesses razoáveis das empresas de Internet", disse Fu.

Lobistas empresariais estrangeiros dizem que as regras estão injustamente varrendo nomes como Cisco e Microsoft para fora da segunda maior economia do mundo, enquanto autoridades chinesas apontam que Huawei e ZTE Corp, duas fabricantes chinesas de equipamentos para telecomunicações, têm sido efetivamente deixadas de fora do mercado dos EUA por motivos de segurança cibernética.

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