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Chefe da inteligência britânica adverte sobre ameaça islâmica

O chefe dos serviços britânicos de inteligência, Andrew Parker, alertou nesta terça-feira que milhares de islamitas extremistas estão na Grã-Bretanha, acrescentando que a população é considerada como "alvo legítimo" por esse grupo.

Em discurso em Londres, o chefe do MI5 disse que os serviços de inteligência "enfrentam ameaças que vêm de frentes cada vez mais numerosas". Esse foi seu primeiro discurso público desde que assumiu a função, em abril.

Segundo ele, deve-se esperar por pelo menos uma ou duas tentativas de atos terroristas graves na Grã-Bretanha todos os anos.

A Al-Qaeda e seus afiliados continuam sendo uma ameaça, "a mais direta e a mais imediata", frisou.

Parker declarou ainda que há "boas razões para se preocupar com a situação na Síria".

Ele defendeu recursos para fazer grampos para lutar melhor contra essa ameaça, rejeitando as alegações de espionagem por parte da GCHQ, a agência britânica de vigilância de inteligência, encarregada principalmente de escutas e parceira da americana Agência de Segurança Nacional (NSA).

"Longe de vasculhar todos os recantos da vida privada, limitamos nosso trabalho estreitamente aos que apresentam uma ameaça", garantiu, acrescentando que existem limites de proteção dos cidadãos.

Ele também criticou os vazamentos à imprensa, que revelaram os métodos para fazer grampos eletrônicos, alegando que provocam "grandes prejuízos" e oferecem uma "vantagem aos terroristas".

Em junho, o jornal "The Guardian" publicou documentos vazados pelo ex-analista de segurança americano Edward Snowden, detalhando a cooperação entre os serviços britânico e americano na área de inteligência.

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