Bombardeios russos na Síria deixaram mais de 2.300 mortos em 3 meses

Os bombardeios aéreos russos na Síria deixaram em três meses 2.371 mortos, entre os quais um terço de civis, afirmou nesta quarta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

No total, 655 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) e 924 combatentes da Frente Al Nosra, facção síria da Al-Qaeda, e outros grupos rebeldes morreram nos ataques russos, que começaram em 30 de setembro passado a pedido do governo sírio de Bashar al Assad.

Os ataques russos mataram 792 civis, dos quais 180 menores de 18 anos, e 116 mulheres, indicou a ONG baseada em Londres e que dispõe de uma ampla rede de informantes na Síria.

A Rússia afirma que os bombardeios visam ao Estado Islâmico e outros grupos terroristas contrários a Assad. No entanto, os Estados Unidos já alertaram que alguns civis foram vítimas dos bombardeios russos indiscriminados.

O secretário de Estado americano, John Kerry, conversou com seu colega russo, Sergei Lavrov, na segunda-feira e expressou as preocupações de Washington.

O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, citando relatos de "organizações de direitos humanos confiáveis", disse que "os ataques russos na Síria mataram centenas de civis, incluindo serviços de emergência e atingindo instalações médicas, escolas e mercados".

Toner acrescentou que entre outubro e meados de novembro mais de 130.000 sírios foram forçados a deixar suas casas, em parte por causa da intensidade dos bombardeios russos.

Moscou negou veementemente os relatórios da Anistia Internacional, a Human Rights Whatch e de grupos de direitos humanos sírios que argumentavam que a campanha aérea em apoio ao presidente Bashar al-Assad atingindo civis.

A Rússia insiste que suas operações são direcionadas para os "terroristas" e que tem o cuidado de proteger os civis, enquanto trabalha com os Estados Unidos e as Nações Unidas para negociar um fim para a guerra.

Mas Toner disse que os Estados Unidos expressaram preocupações a Moscou sobre "estes ataques indiscriminados (…) contra infra-estruturas, instalações médicas, civis".

Kerry também lamentou a morte do líder rebelde Allush Zahran, atingido por um bombardeio do regime. Zahran Allush era líder do Jaish al-Islam (Exército do Islã), principal grupo armado da região da capital, apoiado pela Arábia Saudita e a favor das negociações de paz. Mais de 250.000 pessoas morreram desde o início do conflito sírio em 2011.

Milhões tiveram de abandonar seus lares, fugindo para o exterior ou para outras zonas do país.
 

EUA alertam Rússia sobre bombardeios contra civis na Síria

Os Estados Unidos expressaram preocupação de terça-feira pelo grande número de civis que já morreram "indiscriminadamente" por ataques aéreos russos na Síria.

O secretário de Estado americano, John Kerry, conversou com seu colega russo, Sergei Lavrov, na segunda-feira e expressou as preocupações de Washington.

O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, citando relatos de "organizações de direitos humanos confiáveis", disse que "os ataques russos na Síria mataram centenas de civis, incluindo serviços de emergência e atingindo instalações médicas, escolas e mercados".

Toner acrescentou que entre outubro e meados de novembro mais de 130.000 sírios foram forçados a deixar suas casas, em parte por causa da intensidade dos bombardeios russos.

Moscou negou furiosamente os relatórios da Anistia Internacional, a Human Rights Whatch e de grupos de direitos humanos sírios que argumentavam que a campanha aérea em apoio ao presidente Bashar al-Assad atingindo civis.

A Rússia insiste que suas operações são direcionadas para os "terroristas" e que tem o cuidado de proteger os civis, enquanto trabalha com os Estados Unidos e as Nações Unidas para negociar um fim para a guerra.

Mas Toner disse que os Estados Unidos expressaram preocupações a Moscou sobre "estes ataques indiscriminados (…) contra infra-estruturas, instalações médicas, civis".

Kerry também lamentou a morte do líder rebelde Allush Zahran, atingido por um bombardeio do regime.

Zahran Allush era líder do Jaish al-Islam (Exército do Islã), principal grupo armado da região da capital, apoiado pela Arábia Saudita e a favor das negociações de paz.

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