Informe Otálvora – Chávez entrega o controle de mina de ouro à China duas semanas antes das eleições

Leia a versão em espanhol – A dos semanas de las elecciones, Chávez entrega a China explotación aurífera de Las Cristinas

 

Edgar C. Otálvora
Noticiasclic.com

Tradução: Gustavo Nardon
Desfesanet Agência de Notícias

O resultado das eleições presidenciais venezuelanas, em 07 de outubro, poderia significar o desaparecimento, ou fortalecer, o eixo Havana-Caracas. Consequentemente, os riscos de uma cadeia de eventos que impactam uma forma ou de outra em geopolítica regional, com todo o mundo.

O triunfo de Henrique Capriles significa o fim das "relações estratégicas" entre Venezuela e Cuba, Irã, Bielorússia, Rússia e China, bem como a política de satelização para Bolívia e Nicarágua.

O candidato da oposição, em entrevista coletiva à imprensa, foi particularmente específico sobre a sua falta de interesse em manter relações especiais com o Irã, independentemente de sua condição de co-parceiro na Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP).

É dado como um fato que Capriles irá normalizar as relações com Israel, quebrados por Chávez. Ele também seria o fim da aliança com o regime dos aiatolás, que serviu para o Irã encontrar encontrar oxigênio político na América Latina. A Venezuela sob Chávez tem sido dada como uma cobertura para o Irã para evitar sanções militares, financeiras e comerciais impostas pela ONU. Isso tende a mudar, se ocorrer a chegada de Capriles ao Palácio de Miraflores. Um impacto adicional seria a cessação do apoio da Venezuela para o regime sírio de Bashar Assad.

O Equador começa a fornecer uma plataforma para a banca do regime iraniano. A embaixada iraniana em Quito mantem contas milhonárias, em dólares, no Banco Confiec, estatal equatoriano. As contas, como relatado pelo jornal equatoriano El Comercio, foram abertas em novembro de 2011. Os depósitos iniciais foram feitos com notas de dólar, ainda em novos pacotes do Departamento de Tesouro dos EUA. O governo do Equador exonerou o Irã das regras internas de depósitos em dinheiro e evitado as instruções do Grupo de Ação Financeira Internacional sobre os depósitos do governo iraniano.

O governo chinês, credor de dezenas de bilhões de dólares emprestados ao governo Chávez, tem sido particularmente atento ao que está acontecendo na Venezuela e na eventual mudança de comando.

Em 25 de setembro, durante seu briefing diário, o porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, foi questionado sobre o papel do governo na Venezuela. O porta-voz negou que o governo chinês estave tentando influenciar os resultados das eleições venezuelanas. Quanto ao papel das empresas no país, disse que "sempre exortar as nossas empresas a respeitar as regras de outros países, incluindo os seus costumes.". Ficou clara a distinção feita por Hong Lei entre aconduta oficial e as empresas chinesas.

Oficialmente o governo venezuelano distribuiu 624.984 aparelhos chineses em 2011, como parte da alavancagem da reduzida popularidade de Chávez entre a sua crise de saúde. O equipamento vendido a preços subsidiados ou simplesmente doado pelo governo de Chávez inclui geladeiras, máquinas de lavar, televisores, condicionadores de ar, fogões e aparelhos de DVD.

O beneficiário desta aquisição multibilionária foi a empresa chinesa Haier, que é listada na Bolsa de Valores de Xangai. Esta é apenas uma das operações executadas em empresas Venezuela chinesas cuja recrutamento não foi proposto.

Em 21 de setembro no Palácio Miraflores, Chávez recebeu uma delegação do grupo estatal chinês Citic. Durante o encontro, realizado duas semanas antes das eleições presidenciais, vários acordos foram assinados entre a Venezuela e "uma grande delegação do gigante asiático", assim denominado em um comunicado presidencial à imprensa.

Naquele dia, o governo de Chávez transferiu ao governo chinês a exploração de ouro em Las Cristinas, localizado na Reserva Florestal Imataca no estado de Bolívar. Também assinou um contrato para uma empresa chinesa desenvolver um "mapa de mineração" da Venezuela. Estes acordos foram criticados pelo candidato da oposição, que rejeitou a entrega da mina de ouro à China.

Já em 2009, o governo venezuelano anunciou o desenvolvimento de um mapa de mineração do país. Em 9 de outubro do mesmo ano, o ministro da Ciência e Tecnologia, Jesse Chacon, disse que o governo Chávez tinha contratado com os seus parceiros iranianos, o levantamento aéreo fotográfico para um estudo de solos e minerais. O mapa contratado pelo novo acordo com a China, em 2012, seria no mínimo o segundo estudo de prospecção de Chávez.

Qualquer cidadão, na noite da eleição, poderá visualizar através da internet os atas eleitorais digitalizada. As autoridades eleitorais pretendem publicar, para acesso livre na internet, 90% da contagem da próxima eleição presidencial.

Esta não é a Venezuela, onde as despesas com softwares e hardwares elitorais são ostensivamente multimilionárias. A idéia de usar a Internet para proteger os resultados e garantir a transparência vai implementar o Superior Tribunal de Justiça do Paraguai, na eleição que ocorre em 21 de abril de 2013 no país. Esta é uma das recomendações que os técnicos enviados pela OEA têm feito as autoridades eleitorais paraguaias. A OEA foi convidada como observadora nas eleições venezuelanas de que acontecem no próximo dia 7 de outubro.

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