Os Estados Unidos destacaram nesta quinta-feira "as metas promissoras" do presidente Jair Bolsonaro para a proteção ambiental, após uma conversa entre os chefes da diplomacia dos dois países.
O secretário de Estado Antony Blinken e o chanceler Carlos França revisaram por telefone os objetivos ambientais do governo brasileiro e a importância de não atrasar as ações para alcançá-los, disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price.
“Eles discutiram as metas promissoras do presidente Bolsonaro para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, dobrar o financiamento para combater o desmatamento ilegal e eliminar o mesmo até 2030, e a necessidade de apoiar esses objetivos com medidas concretas de implementação a curto prazo”, segundo um comunicado.
O governo do presidente Joe Biden considera o vínculo com o Brasil "crucial" para enfrentar com eficácia os desafios globais impostos pelo aquecimento global, disse Blinken após uma visita virtual às Nações Unidas em março. No mês seguinte, durante uma reunião de cúpula climática realizada a pedido de Biden, Bolsonaro prometeu atingir emissões líquidas de dióxido de carbono iguais a zero até 2050 e acabar com a extração ilegal de madeira até 2030.
A devastação da Amazônia, no entanto, aumentou dramaticamente desde o início do mandato de Bolsonaro – um cético em relação às mudanças climáticas -, em 2019. O país, que concentra mais de 60% da Floresta Amazônica, registrou em 2020 as maiores taxas de desmatamento em 12 anos.
Antony Blinken também parabenizou a França pela incorporação do Brasil ao programa Artemis, projeto liderado pela agência espacial americana para enviar missões tripuladas à Lua. O fato de se tornar o primeiro signatário latino-americano dos Acordos Artemis mostra “a intenção do Brasil de se associar aos Estados Unidos e a outras nações na exploração espacial pacífica, sustentável e transparente”, ressaltou Ned Price.