O chefe de Estado-Maior adjunto das Forças Armadas iranianas, o general Masud Jazayeri, ameaçou destruir Israel se o Estado hebreu atacar as instalações nucleares do Irã.
"O centro (nuclear israelense) de Dimona é o local mais acessível para o qual podemos apontar e temos capacidades ainda mais importantes. Ante a maior ação de Israel, veremos sua destruição", advertiu o general Jazayeri, citado pela televisão iraniana em idioma árabe Al Alam.
O presidente israelense Shimon Peres advertiu no domingo que a possibilidade de um ataque militar contra o Irã é maior que a de uma ação diplomática. "A possibilidade de um ataque militar contra o Irã parece mais próxima que a opção diplomática", afirmou o presidente em declarações ao jornal Israel Hayom.
"Não acredito que já tenha sido tomada uma decisão a respeito, mas dá a impressão de que os iranianos vão se aproximando da bomba atômica", acrescentou Peres. "Não temos que revelar nossas intenções ao inimigo", explicou.
Agências: EFE / REUTERS
Ahmadinejad
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, rejeitou nesta quarta-feira um relatório da agência nuclear da Organização das Nações Unidas que ressaltava preocupações de que o país tenha se empenhando em desenvolver uma bomba atômica. Ele afirmou que o texto se baseava em informações "inválidas" de Washington.
"Vocês deveriam saber que esta nação não irá recuar nem uma agulha do caminho que está seguindo", afirmou Ahmadinejad em discurso realizado na cidade de Shahrekord e transmitido ao vivo pela televisão.
"Por que vocês prejudicam a dignidade da agência por causa das alegações inválidas dos Estados Unidos?", indagou, aparentemente se dirigindo aos membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que divulgou o relatório na terça-feira.
Também nesta quarta-feira, o embaixador iraniano na AEIA afirmou que o seu país jamais abandonará seu programa nuclear, mas continuará cooperando com a agência da ONU, apesar de seu último relatório, muito crítico em relação ao Irã.
"O Irã jamais abandonará seus direitos legítimos em termos nucleares, mas, como país responsável, continuará respeitando suas obrigações dentro do Tratado de Não-proliferação Nuclear", que prevê a supervisão de suas atividades pela AIEA, declarou Ali Asghar Soltaniyeh, citado pela agência oficial iraniano Irna.