A Otan se mostrou nesta quinta-feira "decepcionada" com a condenação imposta na Ucrânia à ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko e alertou que o caso será levado em consideração nas relações entre o país e a instituição.
"Esta é uma decisão decepcionante", afirmou em entrevista coletiva a porta-voz da organização, Oana Lungescu, que acredita que seja possível encontrar "uma solução baseada no estado de direito" durante o processo de apelação.
Oana lembrou que "o estado de direito, o respeito aos direitos humanos e a democracia são valores fundamentais para a Otan" e para sua relação com a Ucrânia.
"É de esperar que os aliados analisem esta sentença e a levem em consideração" quando analisarem sua cooperação com o país no final deste mês, afirmou a porta-voz.
As relações entre a Ucrânia e a Otan são baseadas em um "diálogo constante" que começou em 2005 e incluem colaboração militar, apesar de o atual Governo do país não desejar ingressar na organização.
As advertências da Otan à Ucrânia pelo caso Timoshenko se somam às de grande parte da comunidade internacional, incluindo a União Europeia, que ameaçou não assinar o acordo de cooperação e livre-comércio com o país.