A Agenda Positiva para o Sociedade, para os futuros oficias e a jovem oficialidade.
Nelson During
Editor-Chefe DefesaNet
Na última semana de novembro o Exército Brasileiro viu alguns dos seus mais expoentes generais serem presos, um acontecimento histórico que abalou as estruturas castrenses e ecoou nos grupos de oficiais da reserva e também da ativa.
Entre os militares presos, estavam os generais de exército Augusto Heleno, primeiro comandante da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), e Paulo Sérgio Nogueira, ex- Comandante do Exército e Ministro da Defesa.
Enquanto que o Exército era fruto de manchetes negativas nos principais órgãos do imprensa, a Marinha, que também teve um ex-comandante preso, lançava o seu quarto submarino convencional da Classe Riachuelo, o S43 Almirante Karam e introduzia na Armada S42 Tonelero, o terceiro da Classe e a Força Aérea fazia o lançamento do míssil BVR Meteor do F-39 Gripen E, demonstrando sua força e poder dissuasório para toda região, em momento de extrema instabilidade geopolítica com a possibilidade de um ataque dos Estados Unidos a Venezuela, um país que faz fronteira com o Brasil, e por motivos que também são nossos problemas. Nota DefesaNet – Links para as matérias mencionadas acessar nos quadros abaixo)
Nessa fatídica semana, cada uma das Forças mostrou aquilo que de melhor tem para inaugurar em termos de poder de combate e Soberania. O EB tentou desviar a atenção para a chegada do primeiro UH-60M Blackhawk, mas infelizmente a chegada de mais um helicóptero desarmado, para transporte de tropas, não foi capaz de mudar a imagem da prisão dos seus generais pela suposta trama golpista.
Na primeira semana de dezembro, o Alto Comando do Exército vai reunir seu Conselho Superior da Transformação (CONSURT), órgão do mais alto nível da Força Terrestre que vai deliberar sobre os projetos estratégicos, o que será contratado ainda em 2025 e os que serão assinados no último ano da gestão do General Tomás a frente do Comando do Exército.
O Exército Brasileiro, por seu tamanho e projeção no território nacional e tradicionalmente sendo a Força Líder, precisa de uma agenda positiva neste momento. Suas escolhas e decisões tem impacto direto no poder dissuasório brasileiro e possuem reflexo direto na percepção da imagem que a sociedade e os próprios adversários tem das Forças Armadas Brasileiras.
Nesse sentido, precisamos encerrar 2025 com boas notícias. Precisamos recompletar nossos meios de combate e anunciar a aquisição de novas capacidades militares que trazem poder dissuasório e de combate real, e que tragam orgulho da população pelo seu Exército, e isso é fundamental e um elemento catalisador.
Não precisamos mais de projetos intermináveis de desenvolvimento, de mais uma Linha Maginot Tecnológica ou de ainda mais sucata e refugo que potências estrangeiras não querem mais e tentam vender ao Brasil a preço de ouro e com restrições de uso.
Precisamos de tecnologia, aço e fogo. Precisamos de veículos blindados de alta mobilidade e capacidade de combate, de drones armados, sistemas de guerra eletrônica e da antiárea de média altura. Queremos tecnologias disruptivas, que elevem nosso poder de combate ao mesmo patamar de um exército do primeiro mundo, mantendo nossa posição de vanguarda no entorno estratégico.
Não bastasse a profunda crise de imagem enfrentada pelo Exército por conta da prisão dos seus influentes generais, temos nesse momento um clima de instabilidade em nossa fronteira, e a guerra bate a nossa porta. Não é mais alarmismo de general de pijama. Cedo ou tarde nós vamos ter de empregar as Forças Armadas em operação de Defesa da Pátria, e a preparação e aquisição de meios demora e precisa continuar. Não podemos mais esperar por mais estudos intermináveis, processos lentos e burocráticos e decisões que nunca chegam.
Esperamos que o CONSURT autorize as aquisições necessárias ao presente e futuro das operações militares do EB, trazendo tecnologia e capacidade de combate para este, que sempre foi o maior e mais importante exército da América Latina.
A aquisição de sistemas e plataformas modernas, equipamentos de vanguarda consagrados no mercado internacional e com histórico de emprego eficaz, sem gambiarras tecnológicas, sempre foi a melhor Agenda Positiva e um elemento de motivação para o ingresso das futuras gerações de oficiais e praças, e a admiração que a população tem por seus militares.
Quando visitamos uma EXPOEX ou assistimos uma Parada Militar; não queremos ver veículos de 50 anos e sistemas de artilharia da guerra da Coreia. Isso é demonstração de fraqueza e produz o efeito inverso ao desejado. Queremos ver tecnologia e poder de combate.
Chamamos a atenção de que é premente motivar o jovem oficial com projetos tecnológicos e indicar que ao mesmo estará frente a desafios que o engrandecem profissionalmente. É a forma mais rápida e de custo benfício efetivo para rete-los.
Neste final de 2025, não há problema de recursos, precisamos apenas que as decisões sejam tomadas e imediatamente implementadas.





















